A Delegacia de Polícia Civil especializada em crimes contra as mulheres em Nova Lima

Neste dia 8 de março, Dia Internacional das Mulheres, a grande discussão que paira sobre a nossa sociedade, são os assustadores números de violência doméstica contra as mulheres. Além da violência, o feminicídio também assusta pelos números e pela gravidade.

O país registrou 3,9 mil homicídios dolosos (intencionais) contra mulheres em 2022, aumento de 2,6% contra 2021. O número de feminicídios foi de 1,4 mil, maior número desde 2015, quando a lei entrou em vigor. Ou seja, ainda perpassamos por graves momentos neste quesito.

Em Nova Lima, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública de Minas Gerais, em 2022 foram registrados 695 casos de violência doméstica e um caso de feminicídio. A média é de 58 casos por mês. O número é 8,91% menor que em 2021, quando foram 763 casos. Em 2021, também houve um feminicídio. Em 2023, com dados de janeiro (última atualização), houve um aumento para o mês da ordem de 17%. Lembrando que feminicídio “é um termo de crime de ódio baseado no gênero, mais definido como o assassinato de mulheres em violência doméstica ou em aversão ao gênero da vítima, mas as definições variam dependendo do contexto cultural”, de acordo com um estudo publicado em inglês. A violência contra a mulher pode ser uma agressão verbal ou física e neste caso não envolve o assassinato.

CORREÇÃO: De acordo com a Polícia Civil, os feminicídios em Nova Lima foram “tentados” e não “consumados”.

Em 2022 o Sempre noticiou um caso que chamou a atenção da cidade. Um homem identificado como Júnio tornou-se suspeito de agredir a sua companheira brutalmente em Santa Rita. “Acreditava que teria mudança, infelizmente me enganei”, disse ela no Instagram. Logo em seguida, o jornal apurou a informação de que uma outra mulher já havia sido agredida pelo mesmo.

A mulher afirmou que na época não chegou a explicitamente terminar com Júnio e apenas fez uma carta ao sair da cidade. Isso porque o mesmo não aceitava o fim do relacionamento. Segundo ela, sempre que tentava dar fim ao namoro, era ameaçada e as vezes até agredida.

Assim como este caso, a cidade lidá com outros vários, sendo uma média de 61 casos por mês nos últimos dois anos.

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