Foto: Biomm

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Com investimentos de cerca de R$ 800 milhões na fábrica localizada em Nova Lima, a Biomm está aguardando a aprovação regulatória da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para produzir biomedicamentos na unidade, começando pela insulina glargina. Espera-se que essa autorização seja concedida ainda no primeiro semestre de 2024.

O CFO e diretor de relações com investidores da empresa, Renato Arroyo, revela que está planejado para este ano o início da fabricação de insulina glargina na fábrica. “A companhia segue com a expansão e consolidação do portfólio para contribuir com a ampliação do acesso da população a biomedicamentos comprovadamente inovadores, seguros e eficazes”, diz.

A fábrica de Nova Lima pode produzir até 40 milhões de frascos e carpules (seringas) de biomedicamentos anualmente, contribuindo, segundo a empresa, para suprir mais de 80% da demanda nacional. Prevê-se a criação de 300 empregos diretos e 1,2 mil postos de trabalho indiretos.

Conforme o relatório do auditor independente divulgado em setembro de 2023, o modelo de construção da unidade industrial é “faseado e modular”, possibilitando à empresa comercializar e distribuir produtos biotecnológicos adquiridos de terceiros por meio do desenvolvimento de parcerias. Atualmente, a Biomm precisa importar da China as insulinas que comercializa no País.

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Com o propósito de expandir o portfólio da empresa e investir na fabricação nacional de biomedicamentos, o capital da companhia foi incrementado em R$ 217 milhões. “A Biomm finalizou o processo de aumento do capital social, que contribuirá para fortalecer a estrutura de capital, alavancar o licenciamento de novos produtos e aumentar o investimento na fábrica”, conta o diretor.

Do valor total, o Banco Master contribuiu com aproximadamente R$ 150 milhões, o que resultou em uma participação de 18% no capital da Biomm. Os recursos remanescentes foram provenientes de investidores já presentes no cap table da empresa, incluindo Lucas Kallas, controlador da Cedro Mineração, detentor de 8% do capital, e o grupo de fundadores composto por Walfrido Mares Guia, Marcos Mares Guia, André Emrich e Italo Betane, que, em conjunto, possuem 24% do capital. Esses investidores acompanharam a oferta na proporção de suas participações.

Outros acionistas da empresa incluem o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com participação de 6% no capital; a gestora de private equity TMG, com 8%; e a XP, com 3%.

Mercado da empresa

No terceiro trimestre de 2023, de acordo com o último balanço divulgado pela empresa, a presença e participação da Biomm no mercado biofarmacêutico brasileiro registrou ganhos de market share no mercado da oncologia e diabetes.

O Herzuma, por exemplo, biossimilar indicado para o tratamento de câncer de mama em estágio inicial e metastático e gástrico metastático, alcançou 26,9% do mercado. Esse resultado representou um aumento de 10,2% em comparação com 2022, vindo principalmente pelo mercado privado (cerca de 4%) e público descentralizado (por volta de 60%).

A Biomm

A Biomm S.A. é uma empresa biofarmacêutica especializada em medicamentos biológicos, estabelecida em 2001 por meio da cisão parcial da Biobrás S.A., na época a principal produtora brasileira de insulinas. Sediada em Nova Lima, a empresa possui tecnologia para a produção de insulinas através do processo de DNA recombinante, caracterizado pelo uso de microrganismos em contraste aos processos puramente químicos. Este processo está patenteado nos Estados Unidos da América, Canadá, Europa, Brasil e Índia.

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