A Polícia Militar alertou que faz todos os dias entre 150 e 170 blitze por dia em rodovias estaduais, mas mesmo assim, não consegue evitar que motoristas bêbados causem acidentes e até mesmo ceifem a vida de alguém em Minas Gerais. Por isso, a instituição pede que os motoristas tenham atenção e não dirijam após ingerir bebida alcoólica.
A situação tem se tornado insustentável e o sentimento se aguçou depois de sábado, dia 1º de abril, quando um motorista com sinais de embriaguez numa Renault Duster atropelou e matou Eduardo Lobato, de 41 anos. O homem foi atendido pelo Corpo de Bombeiros, mas não resistiu aos ferimentos. E agora o que fica é a saudade e a revolta de que tudo poderia ter sido evitado caso o motorista tivesse sido, no mínimo, responsável.
Ainda segundo o levantamento da Polícia Militar, entre janeiro e março, 655 operações da Lei Seca foram realizadas em Belo Horizonte. Os trabalhos resultaram em 484 motoristas autuados por embriaguez. Foram cerca de 10 mil pessoas abordadas e 3.494 testes de etilômetros realizados. Uma destas operações ocorreu no dia 11 de março, quando foram instalados mais de 50 pontos de fiscalização na capital mineira.
Se a PM está agindo e mesmo assim os delitos estão ocorrendo, é necessário uma mudança de paradigma na população. Todo mundo pensa a mesma coisa: eu vou beber, vou dirigir e nada vai acontecer porque sou cuidadoso, ou porque sou bom motorista. Mas é sempre aquela história: a gente nunca pensa que vai acontecer conosco, até que acontece. É uma leve cochilada no volante, ou seu baixo reflexo devido ao álcool, para acabar com a vida do próximo ou com a sua própria. São segundos, quem sabe milésimos. São marcas que nunca mais sairão da vida das pessoas envolvidas com aquela situação.
“Todas essas ações são importantes, mas as pessoas precisam ter consciência de suas responsabilidades. Minas é um estado muito grande, e, infelizmente, não conseguimos estar em todos os locais para fazer essas operações. Então, a gente precisa dessa colaboração, os motoristas não podem usar bebida alcoólica e dirigir. Eles precisam encontrar outras alternativas, como os aplicativos, a carona solidária, o transporte pública”, destaca o coronel Flávio Godinho, de acordo com o Jornal O Tempo.