Pix é o pagamento instantâneo brasileiro. O meio de pagamento criado pelo Banco Central (BC) em que os recursos são transferidos entre contas em poucos segundos, a qualquer hora ou dia. É prático, rápido e seguro.

Servidores do Banco Central (BC) ameaçam iniciar uma greve por melhoria salarial, a partir da próxima sexta-feira, dia 1º, por tempo indeterminado, o que pode afetar diretamente o serviço Pix dos bancos.

Segundo o presidente do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil (Sinal) “o sistema do Pix vai sofrer um aumento do risco operacional porque esse monitoramento não vai ser feito, e o atendimento ao público e o atendimento aos bancos para dar resposta sobre a questão do Pix, alguma manutenção do sistema, tudo isso vai estar parado. Vai deixar mais risco para o sistema e em alguns momentos, ele vai ter que parar, porque não vai dar conta”, explicou.

O sistema lançando no ano passado, faz transferências entre bancos de forma instantânea e gratuita, sem pausas às madrugadas, finais de semana e feriados.

Ainda de acordo com o presidente do Sinal, a a adesão pelo movimento de paralisação foi ampla,deixando toda a cadeia que envolve o Pix vulnerável para “invasões hackers, atendimento de respostas ao público sobre o serviço e para solucionar dúvidas e contatos diretos com bancos”.

A categoria tem buscado junto ao governo federal aumento salarial e reunião com o ministro da Economia, Paulo Guedes, já que segundo o Sindicato, no último sábado, 26, a reunião virtual com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, foi um “fiasco” pela ausência de propostas e que “iInfelizmente, o governo não quis negociar e, por isso, os servidores tomaram a atitude da greve. Esperamos que até o dia 1º de abril haja uma proposta ou uma mesa de negociação para a gente evitar um mal maior. Contudo, se isso não acontecer, a greve por indeterminado será forte, com adesão imediata de mais de 60% dos servidores, com tendência a aumentar”, completou Faiad.

Os servidores têm feito paralisações diárias entre 14h e 18h e um movimento de renúncia a cargos de comissões que atuam em funções de gerências e assessoramento e cerca de 300 renúncias já foram feitas e o número pode subir para é 500 saídas, de um total 1.000

Além do reajuste salarial, os servidores do Banco Central cobram, também, uma reestruturação de carreiras de analistas e técnicos, em que afirmam não haver impacto financeiro.

O Sinal exige, ainda, uma reunião com um ministro do governo Bolsonaro para negociar um acordo.

O Boletim Focus, que traz uma análise sobre as expectativa de mercado também pode ser afetado, assim como outros serviços do BC.

Por meio de nota, o Banco Central informou que “tem planos de contingência para manter o funcionamento dos sistemas críticos para a população, os mercados e as operações das instituições reguladas, tais como STR, Pix, Selic, entre outros”.

A autoridade monetária acrescentou que “reconhece o direito dos servidores de promoverem manifestações organizadas” e “confia na histórica dedicação, qualidade e responsabilidade dos servidores e de seu compromisso com a instituição e com a sociedade”.

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