Foto: Reprodução Exame

São Paulo – A Vale informou ontem que a Agência Nacional de Mineração (ANM) autorizou o retorno parcial das operações a seco do complexo de produção de minério de ferro de Vargem Grande, em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), o que permitirá produção adicional de 5 milhões de toneladas em 2019.

As operações de todo o complexo haviam sido interditadas em 20 de fevereiro, por determinação da ANM, visando prevenir eventuais gatilhos que pudessem comprometer a estabilidade das barragens da unidade, na esteira do desastre de Brumadinho.

Segundo a Vale, a autorização incrementará a oferta do minério do tipo Brazilian Blend Fines (BRBF), mas a companhia manteve seu guidance de vendas de minério de ferro e pelotas de 307-332 milhões de toneladas em 2019, acrescentando que a expectativa atual é que as vendas se situem ao redor do centro da faixa.

Em 4 de fevereiro, antes mesmo da decisão da ANM, a Vale havia anunciado decisão de antecipar suspensão temporária da produção das plantas de concentração do Complexo de Vargem Grande, prevendo impacto de 13 milhões de toneladas de minério de ferro processado a úmido, dentro de um plano maior de descomissionamento de barragens.

Cotação – Os preços de referência do minério de ferro na bolsa chinesa de Dalian caíram ontem para o menor nível em seis sessões, pressionados por uma menor demanda devido a uma nova onda de restrições à produção de aço no polo siderúrgico de Tangshan.

O contrato mais negociado do minério, para setembro, fechou em queda de 1,7%, a 880 iuanes (US$ 127,86) por tonelada, após chegar a cair 2,4%, para 874 iuanes.

Preocupações com a demanda pela commodity, utilizada na fabricação de aço, compensaram questões associadas à oferta, com participantes do mercado ignorando notícias de que a produção da mineradora brasileira Vale teve retração de quase 34% ante um ano atrás. A empresa, no entanto, reafirmou suas projeções de vendas em 2019.

A Vale, maior exportadora global de minério de ferro, disse na segunda-feira que a produção do segundo trimestre caiu em meio a paralisações ou restrições em suas operações após o rompimento da barragem em Brumadinho.

“Os investidores refletiram sobre o impacto de novas restrições à indústria siderúrgica chinesa”, disse a ANZ Research em nota, citando o último aviso de Tangshan sobre restrições na produção de aço.

A cidade de Tangshan intensificou as medidas de combate à poluição para o período de 21 de julho até 31 de julho visando atingir suas metas de qualidade do ar, informou na segunda-feira um jornal do governo da cidade.

Siderúrgicas com “nível A de emissão”, as mais limpas em um sistema de quatro níveis estabelecido pela cidade, e aquelas localizadas em regiões costeiras, terão de reduzir suas operações de sinterização em 20% no período.

No aço, o contrato mais ativo do vergalhão na bolsa de Xangai cai 0,6%, para 3.941 iuanes por tonelada, seu nível mais fraco no fechamento desde 24 de junho. (Reuters)

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