Sede do Villa Nova / Reprodução

A redação do Portal Sempre Nova Lima foi procurada por funcionários do Villa Nova que, pediram para não ser identificados, para reclamar da dura realidade que continua a assombrar os colaboradores do clube, que é trabalhar sem receber o salário.

Os funcionários relatam que estão passando por necessidades básicas, como impossibilidade de pagarem as contas pessoais, arcar com despesas de alimentação e sustento de suas famílias.

Nesse ano de 2019 já estão caminhando para o terceiro mês sem pagamento e, por incrível que pareça ninguém no clube consegue contato com o presidente, segundo relatos, para pelo menos terem uma satisfação do que acontece ou uma previsão para receberem.

Afirmam que o presidente está incomunicável, não aparece há tempos em Nova Lima e não dialoga com ninguém, ainda segundo estes funcionários.

A informação que eles têm é que ouviram dizer que o presidente alega a inadimplência por razão do Villa não ter recebido o repasse da subvenção da prefeitura que foi prometida, que é da ordem de R$ 2 milhões de reais. O clube esperava pelo menos uma parcela dessa subvenção durante a disputa do Campeonato Mineiro, mas o dinheiro não foi encaminhado. O motivo é o clube não ter a Certidão Negativa de Débito (CND).

Dentre os funcionários que não estão recebendo os salários encontram-se roupeiro, massagista, cozinheira, comissões técnicas do sub-15, sub-17 e sub-20, além do último mês de contrato dos jogadores profissionais, que também não foi acertado.

Os funcionários mais antigos ainda reclamam que o FGTS não é depositado na conta individual do trabalhador há anos.

Tivemos informações que o clube também se encontra inadimplente com um restaurante em Brumadinho, cidade onde a equipe profissional realizou a sua pré-temporada para a disputa do Campeonato Mineiro durante todo o mês de dezembro passado.

O Sempre Nova Lima apurou que o Villa recebeu, neste ano de 2019, três receitas de patrocínio: 900 mil reais da empresa detentora dos direitos de transmissão do campeonato (valor que teve bloqueio de 40% pela justiça trabalhista para saldar dívidas oriundas de ações); 300 mil reais de uma empresa de consórcios, de propriedade do vice-presidente de futebol do clube e, ainda, um valor de uma rede de supermercados, que não conseguimos apurar a quantia.   

Nossa equipe está tentando contato com o Sr. Márcio Botelho, presidente do clube, através de mensagens e contatos de pessoas próximas a ele para esclarecer estes fatos. Ainda não obtivemos retorno.

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