O advogado Mariel Marra, responsável pelo pedido que pode culminar na cassação do vereador Tiago Tito (PSD), protocolou nesta quinta-feira, dia 2, um pedido de impeachment do prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, também do PSD. Ele alega que o chefe do Executivo municipal cometeu crime de responsabilidade por não prestar informações solicitadas pela Câmara de Vereadores de Belo Horizonte.

Segundo Mariel Marra, Kalil tem deixado de responder ao Legislativo quando cobrado, o que já acontece há muito tempo. O advogado, no ano passado, já havia feito um pedido parecido, porém foi arquivado pela presidente da Casa, vereadora Nely Aquino por “ausência de requisitos formais” na época. “Após o início deste novo mandato, o Kalil continuou fazendo a mesma coisa”. O advogado alega que o novo pedido já observou os detalhes “barrados” na última e que há elementos suficientes para o prosseguimento.“O ditado popular diz que errar é humano, mas duas vezes o mesmo erro é burrice. Ano passado protocolei um pedido de impeachment do Kalil por ele ter deixado de atender pedidos de informações da Câmara Municipal. Após o início deste novo mandato, o Kalil continuou fazendo a mesma coisa”, alegou.

O advogado se apresenta como líder do movimento “Fora Kalil” e que “representa milhares de pessoas” com o pedido. Mariel inclusive chama o prefeito de “burro”.

“Não há mais motivo para arquivar o pedido, antes dele ser enviado para o plenário. Como líder do movimento ‘Fora Kalil’ eu sei que estou aqui representando milhares de pessoas. O Kalil é burro. Ele cometeu o mesmo erro duas vezes. Desta vez não vai ter segunda chance”.

Mariel Marra, advogado

Assim como em Nova Lima, para que o pedido tenha prosseguimento, será necessário aprovação por maioria na Câmara. Em nota, a PBH afirmou que ainda não foi notificada e chamou o episódio de intriga da oposição.

“A Prefeitura de Belo Horizonte não foi notificada. O prefeito Alexandre Kalil afirmou que ‘isso certamente está cheirando ser coisa da oposição, que não sabe mais o que fazer para prejudicar a prefeitura e o povo de Belo Horizonte’”.

Já o caso Tito está parado na Câmara em Nova Lima por conta de uma decisão judicial local que considerou a formação da Comissão que analisa o caso irregular. Um novo processo, de afastamento, por não comparecer em reuniões plenárias, foi apresentado na última terça, dia 31, pela presidência da Câmara, com base em artigos do Regimento Interno e da Lei Orgânica do município.

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