Um dos procuradores da Lava Jato mais midiáticos, Deltan Dallagnol, veio até Nova Lima onde fez uma palestra em uma faculdade da cidade. Ele mandou um recado para Raquel Dodge depois que polêmicas acerca de um funcionário de Deltan ter sido flagrado conversando com advogados da JBS.

“Ninguém pode mandar dizer o que a gente faz ou deixa de fazer em Curitiba”, disse ele na palestra. Ele lembrou que a Constituição garante a independência dos procuradores e espera que Raque respeite isso: “Ninguém pode mandar no que a gente faz”.

Dallagnol ainda falou sobre o pacote anticorrupção que não teve apoio dentro do Congresso Nacional e afirmou que tenta organizar candidatos que se comprometam com o pacote. “É preciso colocar no Congresso quem se vincule a um pacote anticorrupção consistente. O objetivo é uma renovação da classe política tendo como pré-requisito o apoio ao pacote”, afirmou ele.

“Não que seja um critério único, porque a sociedade é plural, tem múltiplas preferências em várias áreas da vida, e essas preferências devem ser representadas. Mas um requisito para que represente essas preferências é o compromisso inabalável com o interesse público”, disse.

O procurador criticou também a possibilidade do Supremo Tribunal Federal (STF) mudar o entendimento sobre prisões após condenações em segunda instância: “Se for mudado é um enorme retrocesso. Vai empurrar a prisão de réus poderosos para as calendas gregas”, avaliou.

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