A mineradora Vale acertou com o Governo do Estado de Minas Gerais e com o Ministério Público que vai construir dois presídios no estado, ambos com capacidade para abrigar 600 pessoas. Um deles, inclusive, já teve suas obras iniciadas em João Monlevade, o outro ainda não há local definido.
Os novos presídios se fazem necessários uma vez que a unidade de Palmital, em Santa Luzia, está superlotada e tem causado transtornos para a população. Além de estar fora dos padrões adequados, o presídio é vizinho de uma escola estadual e não possui estrutura para uma rebelião ou incêndio, por exemplo.
Para piorar, os trabalhadores do local já ameaçaram fazer greve devido a situação precária de trabalho. A unidade possui, atualmente, 236 presos, mas Santa Luzia tem 300 mandados de prisão em aberto e sem onde alocar estes possíveis novos presidiários. Como se já não bastasse, grande parte dos presos atuais não possuem uma condenação na Justiça e são presos provisórios.
O Governo de Minas não possui recursos. Por isso, a ideia é que a Vale faça uma medida compensatória a fim de construir as unidades. A construção de um novo prédio custa algo em torno de R$25 milhões de reais.
Diante da situação, a Prefeitura de Santa Luzia, de acordo com o portal Observatório Luziense, não aceita a construção de uma nova unidade no município. Inclusive, se discutiu a possibilidade de usar a área do Presídio de Palmital para a construção algum outro prédio público, como um hospital ou uma escola. Com isso, segundo ainda o portal, Nova Lima ganha forças para receber esta unidade que seria construída pela mineradora.
Nova Lima já vive um problema no Centro da cidade, que é o presídio próximo ao prédio do Instituto Nacional da Seguridade Social (INSS). Devido a condições insalubres, os presidiários iniciaram, em maio, uma greve de fome, logo encerrada com o atendimento de algumas demandas pela Justiça.
A Prefeitura de Nova Lima não responde aos questionamentos do Jornal Sempre Nova Lima, portanto, não questionamos sobre a possibilidade de um novo presídio.