Foto: Vale/Divulgação
PUBLICIDADE

O talude norte da cava da mina de Gongo Soco, em Barão de Cocais, já se movimenta quatro vezes mais se comparado ao anúncio da mineradora Vale sobre a possibilidade de rompimento no dia 16 de maio, uma quinta-feira. A movimentação da estrutura se intensificou nas últimas horas.

É possível que o talude se rompa neste final de semana, conforme estudo apresentado por uma auditoria externa internacional. Agora, a movimentação é de 16 centímetros por dia, sendo que o mínimo registrado nas últimas horas foi de 12 centímetros.

No início da situação, o talude se movimentava quatro centímetros diariamente e atingiu dez centímetros. Isso comprova que a situação está se deteriorando rapidamente e que o talude vai cair dentro da cava. O que não é certo é se o impacto vai ativar o gatilho e gerar liquefação da barragem Sul Superior, que está a 1,5 quilômetros de distância da cava.

“O risco é que a vibração gerada pelo rompimento do talude seja gatilho e influencie na segurança da barragem. Mas isso não tem como prever”, explica Wagner Nascimento, chefe da Divisão de Segurança de Barragens de Mineração da ANM (Agência Nacional de Mineração).

O talude se movimentava 10 centímetros por ano, considerado natural para uma cava deste tamanho. Agora, com a movimentação diária, a ANM determinou a paralisação dos trabalhos no local devido ao risco. Além disso, determinou a evacuação de um distrito de Barão de Cocais, que fica a alguns quilômetros da barragem Sul Superior e que seria atingido em seis minutos.

PUBLICIDADE

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

error: O conteúdo está bloqueado. Entre em contato para solicitar o texto.