Por Reuters
As exportações de minério de ferro do Brasil em março caíram 25,9% na comparação com o mesmo mês do ano passado, para 22,18 milhões de toneladas, o menor volume mensal em seis anos, diante de cortes de produção pela mineradora Vale , maior produtora global da commodity.
Os dados divulgados nesta segunda-feira (1) pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) confirmam tendência de perda de ritmo nos embarques verificada em meados de março, após crescerem em fevereiro, antes de os desdobramentos da tragédia com a barragem da Vale em Brumadinho (MG) apresentarem seus efeitos.
Na semana passada, a Vale informou que poderá vender até 75 milhões de toneladas a menos do que o programado em 2019, ou 20% do que o previsto neste ano, uma vez que tem atualmente cerca de 93 milhões de toneladas/ano de capacidade de produção congelada, por iniciativa própria ou determinação de autoridades.
Os cortes da Vale ocorrem enquanto há um aumento das exigências de segurança em estruturas para armazenar rejeitos de minério após o rompimento da barragem em Minas Gerais, em 25 de janeiro.
A Vale responde pela grande maioria do minério de ferro exportado pelo Brasil, que tem no produto um dos principais da sua pauta de exportação.
Apesar da queda no total embarcado, o preço do minério de ferro exportado pelo país subiu 11,6% ante o mesmo período do ano passado, para US$ 62,5 por tonelada, limitando uma perda maior no faturamento com as exportações.
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