
O prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), encontra-se internado há 63 dias e ainda depende do auxílio de aparelhos para respirar. Após passar por uma traqueostomia, ele segue em processo de reabilitação. De acordo com o boletim médico divulgado nesta quinta-feira, dia 6 de março, o chefe do Executivo da capital mineira tem conseguido manter 3 horas fora da ventilação mecânica, durante três períodos ao dia.
“O prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman, segue internado no Hospital Mater Dei. Mantendo processo de retirada da ventilação mecânica sem assistência de oxigênio suplementar, bem-adaptado à traqueostomia. Tolera períodos de até 3 horas sem assistência de ventilação por períodos de até três vezes ao dia. Mantém programa de reabilitação fisioterapêutica motora e respiratória. Está realizando ontem e hoje nova bateria de exames de reavaliação clínica global”, diz o boletim assinado pelo médico Enaldo Melo de Lima.
A última licença médica de Fuad, que o afastou do cargo de prefeito por 15 dias, chegou ao fim na última segunda-feira (3 de março). A prefeitura deve encaminhar, ainda nesta quinta-feira, um novo atestado médico solicitando a prorrogação da licença por mais 15 dias.

O atestado, assinado pelo médico Enaldo Melo de Lima, será retroativo a 3 de março, sem intervalos entre uma licença e outra. Segundo a Prefeitura de Belo Horizonte, o documento não foi enviado anteriormente ao Legislativo municipal devido ao recesso de Carnaval na cidade.
Na semana anterior ao recesso de Carnaval no Legislativo, o presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte, vereador Juliano Lopes (Podemos), concedeu uma entrevista sobre a situação atual na prefeitura da capital e solicitou uma mudança na forma como a administração municipal tem tratado o afastamento de Fuad. Segundo Juliano, o vice-prefeito Álvaro Damião (União) é um “prefeito sem tinta na caneta” e estabeleceu o dia 10 de março, próxima segunda-feira, como prazo para que o governo municipal defina a situação.
Por sua vez, o prefeito em exercício, Álvaro Damião, afirmou que não é possível prever uma mudança no quadro e que os prazos de licença do prefeito dependem exclusivamente dos médicos. Ele enfatizou que seu foco é garantir que a prefeitura continue seguindo o planejamento e os objetivos definidos por Fuad Noman.
O atestado médico informa que o prefeito teve o câncer do tipo “Linfoma Não Hodgkin de Grandes Células”, mas destaca que essa condição não é a razão para o afastamento do prefeito. “O paciente encontra-se em remissão completa (clinica, radiológica e metabólica) segue em reabilitação fisioterápica motora e respiratória associada a neuro Reabilitação”, diz o texto.