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Uma nova técnica de aproveitamento de rejeitos da mineração passou por licenciamento e será usada em Minas Gerais para reduzir a disposição de rejeitos na barragem de Miraí, na Zona da Mata. O projeto denominado “Planta de Beneficiamento Móvel e Tecnosolo” consiste em uma unidade móvel que permite o beneficiamento do minério na própria mina. A concentração de minério de alumínio ocorrerá associada a uma tecnologia desenvolvida para produzir o chamado tecnosolo, que será posteriormente utilizado na reabilitação ambiental das áreas mineradas.

O tecnosolo consiste em um substrato mineral enriquecido em nutrientes, que será produzido a partir do rejeito da mineração, configurando-se como uma alternativa tecnológica para o reaproveitamento desse material. O certificado foi emitido à Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) pela Subsecretaria de Regularização Ambiental, por meio da Superintendência de Projetos Prioritários (Suppri), no fim de agosto.

Anteriormente, a empresa já tinha sido autorizada, por meio do LAS/RAS n° 1992/2022, a instalar e operar o projeto em escala piloto. O desafio da empresa agora é colocar em operação uma planta bem maior em escala de produção.

A tecnologia foi desenvolvida pela empresa em parceria com a Universidade Federal de Lavras (UFV). A partir desse licenciamento, a Suppri espera que esse tipo de projeto seja fomentado junto a outras empresas do setor de mineração, como uma alternativa de sustentabilidade.

A diretora de Análise Técnica da Suppri, Mariana Pimenta, reforça a importância desses projetos de utilização de rejeitos da mineração em alternativa à disposição desses materiais em barragens, em consonância com a Política Estadual de Segurança de Barragens. Também destaca a necessidade do fomento de pesquisas junto a universidades para o desenvolvimento de projetos de reutilização de rejeitos.

“No caso do tecnosolo, a ideia é que esse rejeito retorne ao solo com propriedades adequadas, sem contaminantes e ajude a mitigar os impactos negativos. Pode ser o melhor destino, em vez de pilhas ou construção de novas barragens. Isso está completamente de acordo com a nossa Política Estadual de Segurança de Barragens”, avalia.

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