A Polícia Civil abriu inquérito para apurar o incêndio que queimou uma parte da Serra do Curral, principalmente próximo a uma área da mineradora Tamisa, que ganhou o direito de minerar na região após uma aprovação do conselho ambiental ligado do Governo do Estado. O local começou a queimar por volta das 18h de sexta-feira, dia 9, e as chamas consumiram o local por três dias.
Um morador contou, de acordo com a Folha de S. Paulo, que “a fumaça escureceu tudo. A roupa no varal ficou coberta de cinza”. Para a ambientalista Janine Oliveira, o incêndio foi criminoso porque começou em área úmida:
“Foi um fogo proposital, com técnica. Começou em área úmida. Para ter iniciado ali, tem que ter sido colocado”, afirmou ela. Um líder comunitário, chamado de Zack, disse que recebeu uma ligação às 11h da sexta-feira, aonde afirmava que alguém havia colocado fogo no local. Na visão de Zack, o fogo não se alastraria por se tratar de uma área úmida – o fogo começou próximo a um rio, aonde a Tamisa pretende minerar.
Porém, de acordo com o líder comunitário, o fato do incêndio alastrar mostra que este pode ter sido provocado por ação criminosa. Uma pessoa declarou à Folha que “parecia chuva, mas era fogo” a queimada na região. Pelo menos 70 militares e 50 brigadistas, participaram da ação.
Não foi possível estimar o tamanho da área queimada. A polícia não comenta as investigações.