O Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas (CBH) alertou novamente, a exemplo de outros anos, para a possibilidade de falta de água na capital Belo Horizonte e na região metropolitana – como Nova Lima. A entidade tem o objetivo de orientar empresas, como a Copasa e a Cemig, além da Vale e Anglo Gold Ashanti, sobre o nível de vazão no Rio das Velhas.
O problema mais uma vez é o baixo nível de chuvas na região, que de acordo com especialistas, só deve começar a chover em setembro. No ano passado, o país passou por um dos piores períodos de seca da história, elevando os preços da energia elétrica.
O estado de alerta é considerado quando a média das vazões de sete dias está inferior a 10,48 m³/s, índice chamado de Q7,10. Na última quarta-feira (17), a média era de 9,7 m³/s em Nova Lima – Alto Velhas – local onde a Copasa capta água para abastecimento de metade da região metropolitana.
“Ele é o responsável por mais 60% do abastecimento de BH e quase 50% da região metropolitana. Então, ele é muito significativo e importante para manter a disponibilidade hídrica da região”, explica Marcos Polignano, presidente da CBH.
Ele explica ainda, que é necessário manter o rio vivo e preservado e argumenta como é possível: “É necessário ter a produção de água constante, que seriam áreas verdes, topos de morros preservados, as serras como Rola Moça e Curral bem cuidadas, porque eles são captadores de água que serão gradativamente distribuídos”, esclarece.