Fiscais do Sistema Estadual de Meio Ambiente (Sisema), que vistoriaram Dique Lisa operado pela mineradora francesa Vallourec, que transbordou no dia 8 de do mês passado, estiveram no local e constataram a devastação após a situação no mês passado.

Na Pilha Cachoeirinha, afetada pela queda, os agentes estaduais informaram que “ainda não era possível saber a extensão do ocorrido e os efeitos sobre o meio ambiente. Foram questionadas, portanto, premissas fáticas e normativas do auto de infração”, além de aplicar multa de R$288 milhões, em que a empresa recorreu.

A equipe de fiscalização apontou ainda para vasta destruição da vegetação, solo, hábitats e espaços humanos, corpos hídricos e animais, inclusive dentro de unidades de conservação, de acordo com o Jornal Estado de Minas.

Segundo reportagem, seis pessoas da mesma família foram removidas de casa, localizada a um quilômetro do local do transbordamento e estão acomodadas num imóvel alugado pela Vallourec.

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O trecho da BR-040 é monitorado e considerado “área vermelha”, ou seja, de alto risco, uma vez que as estruturas afetadas pelo transbordamento se encontram em nível 2 do Plano de Emergência, com necessidade de reparos imediatos. Há possibilidade de rompimento caso a estabilidade das estruturas monitoradas se deteriore ao nível 3 – estágio de ruptura iminente.

No estágio atual, nenhum veiculo pode parar no trecho da rodovia, que está cercada e monitorada por seguranças de uma ponta a outra.

Dentro da mina, por onde a avalanche de sedimentos desceu, remanescentes das drenagens de barramentos e demais estruturas das áreas da mineração recebem reparos de equipes que trabalham meio a lama e pedras, para que a situação não piore e chegue ao nível 3, onde as obras teriam de ser suspensas. Fora da barragem, também há intervenções, limpeza e medições de equipes da Vallourec.

Por meio de nota, a empresa afirma que presta assistência necessária, que mantém constante diálogo com as autoridades públicas e privadas envolvidas. “Exemplo disso foi a reabertura segura da BR-040, quando, oportunamente, foram feitas a limpeza do local e a instalação de dois postos de monitoramento na rodovia”, cita. A empresa reforçou também que o maciço do dique que transbordou está íntegro e não houve rompimento da estrutura. “A Pilha Cachoeirinha continua sendo monitorada 24 horas, sete dias por semana, conforme procedimentos técnicos requeridos pela legislação para esse tipo de estrutura, e com o radar mais moderno, o qual detecta qualquer movimentação de milímetros”, completa.

Veja vídeo do transbordamento

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