Antes oposição ao governo de Vitor Penido (DEM), Álvaro Azevedo, do Avante, foi apontado como líder de governo da administração João Marcelo, do Cidadania. Em suas mãos, a grande tarefa de criar condições para aprovar projetos de interesse do governo municipal.
JM que viu a Câmara rejeitar um projeto que viabilizaria internet em postes públicos e a modernização da iluminação pública, algo que seria o grande marco do seu governo, ainda precisava aprovar orçamento com aumento substancial da dotação orçamentária da Secretaria de Cultura e também aprovar o aumento de 8% dado ao servidor público na semana passada.
E, com tamanha tarefas em suas mãos, Álvaro, que normalmente atua como pacificador, aceitou falar com o Jornal Sempre Nova Lima sobre a condução do processo de liderança na Câmara.
1) Como se sente ao assumir uma vaga extremamente importante para a articulação do governo com a Câmara?
R: Trabalhei em favor da população no mandato passado e isso me fez ter a oportunidade de servi-la por mais 4 anos, e decidi que minha atuação se manterá da mesma forma. Ao me tornar líder do Governo na Câmara a responsabilidade aumenta com a tarefa de defender os projetos que mudam, pra melhor, a vida dos nova-limenses.
2) Qual a maior dificuldade que espera enfrentar ao tentar aproximar Executivo e Legislativo?
R: Eu sempre defendi, e ainda defendo, a independência entre os Poderes, buscando o equilíbrio e o consenso. Tenho certeza que todos, Executivo e Legislativo, entendem que a vontade da população sempre deve prevalecer.
3) Parece haver uma certa distância entre o governo e a Câmara. Como pretende melhorar esse diálogo?
R: Nós estamos diante de um governo que tem a preocupação e o cuidado de manter sempre o diálogo. Periodicamente, todos nós vereadores, somos convidados e participamos de reuniões técnicas nas quais nos são apresentados e discutidos os projetos de lei de autoria do Executivo, antes mesmo de enviá-los à Câmara Municipal.Mas deixo claro: essa responsabilidade da harmonia entre executivo e legislativo não é somente minha, mas de todos os 10 vereadores.
4) O governo possui matérias legislativas que são prioridades e que você já consiga montar estratégias para aprova-las?
R: O Executivo tem pautado matérias importantes para Nova Lima e como já disse, o prefeito é uma pessoa preocupada com o próximo, defensor do diálogo e de uma boa conversa.Como líder de governo estabeleci que a melhor estratégia é adotar a verdade, a transparência, convocando sempre participação de todos. Não há outro caminho.
5) Você fez parte do grupo que sofreu um revés na Câmara na disputa para a presidência. De certo modo, com a saída de Tito da Câmara e com Juliana Sales distante, existe um enfraquecimento deste primeiro grupo político – formado na eleição da mesa diretora.Neste sentido, você acha que pode surgir dificuldades em discutir matérias importantes com o grupo do presidente Anisinho?
R: A existência de dois grupos políticos ocorreu somente quando da eleição para a Presidência. Passado esse período, vejo apenas um grupo na Câmara, composto por 10 vereadores e todos carregam a responsabilidade de decidirem de forma adequada, buscando o interesse da população.
6) Qual a liberdade que o governo lhe concedeu para viabilizar aprovações de matérias legislativas?
R: A minha liberdade de pensar, defender e agir não muda. O que hoje claramente existe é um diálogo franco, aberto e transparente com todos os vereadores.
7) Um ponto caro para a administração de João é o aumento da dotação orçamentária da Secretaria de Cultura que será apontado na sua primeira peça orçamentária. Qual sua perspectiva para que os seus colegas não mudem este ponto do orçamento?
R: Temos que defender o que for melhor para Nova Lima. Caso o Governo paute a mudança no orçamento público, certamente esse projeto será previamente apresentado e discutido abertamente, criando a oportunidade de cada vereador entender o que se propõe e decidir em favor da população.