Uma reunião entre membros do Executivo, diretores escolares e membros do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE), para discutir a municipalização do Ensino terminou sem acordo na manhã desta segunda-feira, dia 20.
O processo prevê que o município seja responsável pelo Ensino Fundamental II (6° ao 9° ano). Atualmente sob responsabilidade do Governo do Estado. Segundo a categoria, o edital para contratação de funcionários divulgado neste final de semana pode gerar prejuízo a diversos colaboradores educacionais.
Neste primeiro momento somente a Escola Estadual George Chalrmes será municipalizada por abrigar somente o ensino fundamental no colégio. A diretora, Marilene Souza, se mostrou a favor da intervenção e disse que “a municipalização trará benefícios aos alunos” já que segundo o prefeito, a escola receberá mobiliário novo e passará por uma reforma.
A professora Talita Vaz, no entanto, criticou a falta de transparência no processo: “O edital surgiu em um final de semana, com vários erros, como o email para inscrição. Quem enviou o e-mail voltou falando que o endereço não existia. Lá também está prevista 40 horas semanais com o salário de um cargo, ou seja, o professor que se desdobra entre uma escola e outra não teria mais essa possibilidade, pois terá que cumprir 8 horas na mesma escola. Além de colocar habilitado e CAT (autorização para quem não é formado ou formou em outra área mas quer lecionar) sem diferenciação”.
Segundo ela, a categoria está mobilizada porque além da carga horária que prejudica a classe, cerca de 15 funcionários que prestam serviço atualmente por designação perderiam os postos.
Reunião tensa
De acordo com uma pessoa que esteve presente na reunião, o prefeito chamou a manifestação (que ocorria do lado de fora) de “circo” e os professores de “palhaços” e afirmou que a decisão é irrevogável. Ainda de acordo com a fonte, a representante da Secretaria de Estado de Educação não soube explicar como funcionaria o processo de contratação.
Vitor afirmou também que “não tem medo de barulho” (se referindo ao protesto) e que por isso mesmo conseguiu colocar as contas do Executivo em ordem.
Presentes no ato, os vereadores Alvaro Azevedo (PSDB) e Flávio de Almeida (PT) não participaram da reunião por conta do atraso no de uma hora e meia.
Já Tiago Tito (PSD) e José Carlos “Boi” (DEM), estiveram no gabinete com o prefeito. Tito se comprometeu com a categoria e vai propor uma audiência pública para discutir o projeto (caso ele passe na Câmara) e colocou também um advogado para caso seja necessário aparato jurídico aos educadores.
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