Prefeitura de Nova Lima/Reprodução



A cidade de Nova Lima arrecadou nestes três primeiros meses do ano R$146.691.695,31, um valor que é 17% maior que aquele observado no primeiro trimestre de 2018, quando a PMNL arrecadou R$125.303.750,95. Isso mostra que a cidade vem ganhando potência em arrecadação, algo que pode ser prejudicado com a paralisação da Vale. Os valores são referentes até o dia 27 de março de ambos os anos.

Com a Compensação Financeira de Recursos Minerais (Cfem), Nova Lima arrecadou neste trimestre R$31.114.047,80, 68% a mais que no mesmo período em 2018, quando a cidade arrecadou R$18.569.663,63. 

O valor arrecadado com o Cfem em 2019 representa 21,2% da arrecadação total até o momento. Já no ano passado, a Compensação Minerária era responsável por 14,8% da do montante que havia entrado nos cofres públicos municipais até o dia 27 de março.

Mas, a atividade mineral não impacta apenas no Cfem, bem como no Imposto Sobre Serviços (ISS), e ainda no Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). A estimativa mais recente informa que o prefeito Vitor Penido (DEM) espera perder entre R$100 milhões a R$120 milhões anuais com a situação da mineradora. (Leia)

A Vale anunciou que vai descomissionar, isto é, acabar com as estruturas de barragens construídas na metodologia de alteamento a montante. Estas estruturas são as mesmas que romperam em Mariana e Brumadinho criando um caos social e ambiental. 

Penido se manifestou e afirmou ter reduzido a folha salarial do município. Mas, segundo ele, ao ter esta frustração de receita, as dificuldades vão reaparecer. (Leia)

“Nova Lima tinha uma folha de R$ 28 milhões, hoje caímos para R$ 22 milhões. Agora, essa pancada de perder não só a arrecadação de Cfem, como ISS e ICMS, inviabiliza os serviços que prestamos em Nova Lima hoje”, reclama Penido.

“Vou ter que cortar mais ainda os funcionários. A saúde pode ser afetada, uns 30% disso aí. A educação da mesma forma”, diz o prefeito.

Vitor Penido aposta numa reunião com a diretoria da mineradora nesta quinta-feira, dia 28. Caso a situação não se resolva, o prefeito diz que acionará a Justiça.

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