Foto: Sempre Nova Lima – Repórter  Marcus Vinícius entrevista o prefeito Vitor Penido



A decisão da Vale de parar a produção de minério em Nova Lima e demais regiões de fato vai ser um duro golpe para os prefeitos mineiros. Um deles é Vitor Penido (DEM), que teve o benefício de ver a arrecadação do município nova-limense aumentar, novamente, com a retomada do dinamismo no mercado de commodities.

Penido se manifestou sobre a situação e disse que “é um caos” a Vale paralisar a produção, já que vai impactar a arrecadação minerária em Nova Lima. A mineradora decidiu descomissionar as barragens que atuam como as que rompeu em Mariana e Brumadinho.

O processo se chama “descomissionamento”, que se trata em reintegrar os rejeitos à natureza.

“É a resposta cabal e à altura da enorme tragédia que tivemos em Brumadinho. Este plano foi produzido três a quatro dias após o acidente”, ressaltou o presidente da Vale, Fábio Schvartsman, segundo a Agência Brasil.

“Infelizmente, afeta todo o serviço nosso da saúde, da educação, da limpeza urbana, da segurança, né? Isso pra gente é um caos”, disse Vitor Penido, prefeito de Nova Lima e presidente da Associação dos Municípios Mineradores de Minas Gerais.

Nova Lima foi a cidade que mais arrecadou com o minério no estado de Minas Gerais. Para os cofres da cidade vieram R$172,9 milhões de reais o que representa 29% do total arrecadado pela cidade no ano de 2018. Acontece que as estimativas mais otimistas esperam uma queda de 50% com a compensação minerária, o que jogaria a arrecadação para algo próximo a R$86,45 milhões e, consequentemente, reduziria a Receita Corrente Líquida e aumentaria o comprometimento da folha salarial, segundo a Lei de Responsabilidade Fiscal.

O prefeito de Itabira, Ronaldo Lage Magalhães (PTB), também lamentou a decisão e foi mais duro: “O ICMS não estamos recebendo do estado, não estamos recebendo o Fundeb, agora não vamos receber os royalties, praticamente tem que fechar a cidade, fechar a prefeitura.”

Estudos da Federação das Indústrias já espera que o PIB (Produto Interno Bruto) de Minas caia pela metade com a decisão da Vale: “A gente tá estimando que essa previsão de 3.3% do crescimento do PIB de crescimento do PIB de Minas em 2019 caia para 1.7%”, explicou Daniel Brito, gerente de economia da Federação das Indústrias de Minas (FIEMG).

Mariana, por exemplo, perdeu 30% da sua arrecadação depois da tragédia com a barragem da Samarco.

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