O rompimento da barragem de Mariana, em 2015, além de revolta e comoção, acabou mudando brutalmente a vida das pessoas. Um morador de Nova Lima, inclusive, chamado Epaminondas Bittencourt, ex-secretário de Administração e Comunicação do município, escreveu um livro com fotos sobre a tragédia. (Veja)

Como se aquela tragédia não bastasse, Brumadinho experimentou nesta sexta-feira, dia 25, o rompimento da Mina de Feijão. A lama atingiu o Rio Paraopeba e vitimou pessoas. Esta barragem de rejeitos, a exemplo de Mariana, é administrada pela Mineradora Vale. A única diferença é que a BHP Billiton, mineradora australiana que administrava a barragem de Fundão ao lado da Vale, não tem cooperação com a de Brumadinho.

Mas, estaria Nova Lima longe de passar por situações extremas como essas? A resposta é simples de se dar: não! Segundo o Governo de Minas Gerais, em estudo divulgado ainda pela gestão Fernando Pimentel (PT), a barragem da Vale na cidade está entre as 50 que constam com instabilidade. (Leia)

Além disso, o Ministério Público Estadual já alertou e entrou na Justiça contra barragens em outros pontos da cidade que, segundo estudos do órgão, estariam próximas de um rompimento. Segundo o relatório, as pessoas teriam entre 29 a 139 segundos para fugir em caso de rompimento. Algo praticamente impossível dadas as condições. 

O MP interpôs uma ação civil pública e pediu uma liminar para a imediata evacuação dos moradores que moram logo abaixo do local. Próximo a barragem estão dois condomínios e propriedades rurais. (Leia)

A Vale, no entanto, desmentiu o MP logo em seguida, em nota ao Sempre Nova Lima, e disse que não há possibilidades de rompimento:

“A Vale informa que a barragem Maravilhas II vem passando por auditorias de segurança periodicamente, sendo a última em setembro, e possui Declaração de Condição de Estabilidade emitida por auditor externo”, informou. (Leia)

Como se já não bastasse, uma barragem em Rio Acima, na RMBH, próximo a Nova Lima, também corre riscos, segundo também o Ministério Público. A Justiça chegou a interditar o funcionamento desta e ela possui condições de atingir o Rio das Velhas, principal fonte de captação de água da Copasa para grande parte da Região Metropolitana. (Leia)

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