Caminhão transporta minério na MG-030, em Nova Lima – Foto: Jornal O Tempo |
Nova Lima despontou no cenário nacional e internacional no que diz respeito às exportações. Com o real desvalorizado – o que impulsiona as exportações – e com o preço médio da commodity em alta, a cidade registrou até agosto saldo positivo no valor de US$1,521 bilhão de dólares.
Isso quer dizer que frente ao mesmo período de 2016 houve um acréscimo de 29,04% no saldo positivo da balança comercial, quando naquele período os nova-limenses registraram exportações de US$1,178 bilhões de dólares.
Contudo, em grande análise, Nova Lima exportou menor quantidade de minério mas se beneficiou do preço médio maior do produto também no mercado internacional. Em média, em comparação entre 2016 e 2017 houve uma valorização em média de 39,1% do preço do minério.
É válido lembrar que o minério correspondeu a 79% das exportações da cidade no período e é o grande motor de arrecadação da Prefeitura de Nova Lima. O saldo das importações na cidade somaram apenas US$36,4 milhões de dólares.
Apesar dos bons números, o município minerador está longe do seu ápice. Em 2011, ainda na gestão de Carlinhos Rodrigues (PT), a cidade registrou exportações de US$4,682 bilhões de dólares e saldo positivo na balança comercial de US$4,579 bilhões. Naquele ano Nova Lima viria a ser a terceira cidade em volume monetário de exportação do Brasil.
Mas, desde então, o dinamismo das exportações caiu e já em 2012 houve queda no saldo positivo na ordem de 23% se comparado a 2011.
Câmbio impulsiona exportações
Com o governo adotando ajuste das contas públicas via investimento público, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro registrou alta de 1% no primeiro trimestre deste ano impulsionado pelo agronegócio.
O setor cresceu mais de 13% nos três primeiros meses do ano em comparação ao últimos três de 2016 devido a uma maior demanda por estes produtos no mercado global. Porém, se o agronegócio registrou alta expressiva, a indústria, comércio e o setor de serviços registraram quedas.
Mas isso se reverteu no segundo trimestre quando a agropecuária estagnou, o setor de serviços registrou alta e o comércio também. O PIB neste caso foi positivo em 0,2%.
Quando o real está desvalorizado frente ao dólar, faz dos produtos brasileiros mais competitivos no mundo. Ou seja, se existe uma recuperação econômica nos demais países e os produtos brasileiros estão com preços melhores em termos cambiais, isso quer dizer que vamos exportar mais.
O resultado disso são recordes de superávits na balança comercial do país, que em 2016 fechou saldo positivo de US$47,692 bilhões de dólares, o maior desde 1980.