A Revista Veja publicou nesta terça-feira, dia 11, um estudo conduzido por pesquisadores da Fundação Getúlio Vargas (FGV) que aponta as cidades com a maior concentração de ricos no Brasil. Nova Lima, localizada na Região Metropolitana de BH, está em primeiro na lista.
A pesquisa foi elaborado economista Marcelo Neri, com base nos dados de declarações de imposto de renda de 2018 recém-gerados pela Receita Federal. Segundo Neri, para concretizar os números, ele obteve a renda média e dividiu os valores declarados pelo número de habitantes dos municípios.
Segundo o estudo, a cidade tem uma média de R$ 6.253,03 por pessoa. A valorização pode se dar, segundo a Revista Veja, pela atuação da mineradora Vale, que mantém no local o Centro de Tecnologia de Ferrosos e o Centro de Controle Ambiental. O município, de pouco mais de 90.000 pessoas, também abriga condomínios de luxo que atraem pessoas que trabalham na região metropolitana de Belo Horizonte.
Na segunda colocação, está Santana de Parnaíba com 108.000 habitantes, no estado de São Paulo. O pequeno município é conhecido pelos condomínios fechados com imóveis de alto padrão e, segundo o estudo da FGV, registra renda média da população de 5.384,77 reais. Na terceira colocação fica com a goiana Aporé, cuja renda média é de 5.233,93 reais, impulsionada em grande parte pelo agronegócio local.
“Existe um padrão que se repete nos dados. Os lugares que atraem os mais ricos não são necessariamente produtivos economicamente. O que explica a concentração é a qualidade de vida. São Caetano tem o IDH mais alto do Brasil há duas décadas. Há outras cidades que são litorâneas e têm elevada proporção de médicos ou de pessoas com diploma superior, como Florianópolis, Santos e Vitória”, afirma Neri. “Onde moram pessoas de alta renda, abre-se o mercado de trabalho para médicos, advogados e outros profissionais liberais em geral”, apontou Marcelo Neri á Veja.
Segundo a prática, na parte inferior da tabela, está o Maranhão com oito municípios entre os de menor renda do país, enquanto o Pará apresenta dois. O pior colocado é Fernando Falcão, onde as pessoas têm 19,89 reais de renda média e 156 reais de patrimônio líquido médio.
Confira o ranking com as 10 cidades de maior renda média no Brasil (Município/Renda Média da População/Patrimônio Líquido Médio da População):
- Nova Lima (MG) – R$ 6.253,03 – R$ 321.820,35
- Santana de Parnaíba (SP) – R$ 5.384,77 – R$ 279.054,00
- Aporé (GO) – R$ 5.233,93 – R$ 736.225,72
- São Caetano do Sul (SP) – R$ 4.565,34 – R$ 214.099,50
- Niterói (RJ) – R$ 4.186,51 – R$ 131.999,52
- Florianópolis (SC) – R$ 3.998,30 – R$ 151.856,42
- Santos (SP) – R$ 3.763,84 – R$ 140.565,88
- Porto Alegre (RS) – R$ 3.725,15 – R$ 145.051,23
- Vitória (ES) – R$ 3.516,16 – R$ 132.039,06
- Campos do Jordão (SP) – R$ 3.493,98 – R$ 82.853,52
Confira o ranking com as 10 cidades de menor renda média no Brasil (Município/Renda Média da População/Patrimônio Líquido Médio da População):
- São João do Soter (MA) – R$ 36,33 – R$ 223,38
- Milagres do Maranhão (MA) – R$ 36,14 – R$ 425,07
- Turilândia (MA) – R$ 35,90 – R$ 75,48
- Primeira Cruz (MA) – R$ 34,86 – R$ 86,62
- Jenipapo dos Vieiras (MA) – R$ 34,72 – R$ 375,00
- Chaves (PA) – R$ 34,10 – R$ 136,62
- Centro do Guilherme (MA) – R$ 32,99 – R$ 258,64
- Cachoeira do Piriá (PA) – R$ 31,48 – R$ 221,32
- Matões do Norte (MA) – R$ 26,70 – R$ 321,61
- Fernando Falcão (MA) – R$ 19,89 – R$ 156,00