Pelo menos 80 cidades em Minas Gerais já estão racionando água há algum tempo, devido ao forte tempo de estiagem que acomete o estado. Belo Horizonte e a região metropolitana já estão sem chuva há 90 dias (Leia Aqui). 

A expectativa é que chova apenas em outubro, revertendo o longo período sem chuvas. A situação é tão complicada que segundo a Defesa Civil mineira 77 municípios já decretaram estado de emergência devido a seca.

De 626 cidades abastecidas pela Copasa, 27 já estão em sistema de rodízio, que é quando apenas alguns dias da semana as casas recebem água. Aquelas cidades que possuem abastecimento próprio, como Viçosa, no Sul do estado, a situação também é complicada. A cidade inicia racionamento no próximo sábado, dia 16.

“Dividimos a cidade em três grupos. Cada um terá o abastecimento interrompido duas vezes por semana. A suspensão vai durar 24 horas, sempre das 14h de um dia até as 14h do outro”, anuncia o prefeito de Viçosa, Ângelo Chequer (PSDB).

Em Formiga, no Oeste mineiro, o rodízio vem desde agosto. Os moradores da cidade chegam a ficar até dois dias sem água. 

Nova Lima situação é de alerta

Na cidade de Nova Lima e cidades próximas a situação é de alerta. O “Rio das Velhas” também está enfrentando uma forte seca com a estiagem no estado (Leia Aqui). E o pior: o rio abastece praticamente toda a região metropolitana de BH.

Marcus Vinícius, presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas, já anunciou algumas medidas para passar pelo momento. A Copasa vai deixar de captar 6,5 metros cúbicos e vai captar 5,5 metros cúbicos e as mineradoras Vale e Anglo Gold Ashanti também se comprometeram a usar um menor volume da água.


“De acordo com a Deliberação Normativa 49 (ano 2015), do Conselho Estadual de Recursos Hídricos, estar abaixo do Q7,10 significa entrar em estado de alerta, em que o risco de escassez hídrica, que antecede ao estado de restrição de uso, pode implicar restrições de uso para captações de águas superficiais e no qual o usuário de recursos hídricos deverá tomar medidas e se atentar às eventuais alterações do estado de vazões”, alertou o Comitê.

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