A jovem Mayara Soares Costa salvou um cachorro que estava perdido na MG-030, no bairro Matadouro, na última quinta, dia 17. Ela que postou as informações em seu perfil no Facebook, acabou movimentando muitas curtidas, compartilhamentos e comentários.
Mayara conversou com o Sempre Nova Lima sobre como salvou o “Grandão”, nome dado ao mesmo. Ela explicou como o encontrou.
“Então, eu estava indo fazer compras por volta das 15:30 e subi a MG-30 que é de acesso à minha casa. Quando subi eu vi o “Grandão”, ele estava no canto da MG, caminhando e arrastando uma corrente. Pensei que havia fugido de um sítio que tem próximo do lugar que ele estava. Fui fazer o que tinha de fazer e voltei pelo mesmo local e lá estava ele, só que cambaleando dessa vez”, começou sua explicação. Mayara complementou:
“Parei meu carro, e chamei (vem neném) e ele correu até mim. Isso foi às 17 horas. Tentei colocar dentro do carro, mas ele não aceitava. Então sentei na rodovia e comecei a chorar (risos)! Avisei algumas pessoas brevemente no Facebook e minha bateria do meu celular acabou”, disse ela.
A “salvadora” disse que pessoas pararam para tentar ajudar, contudo, foi sua mãe quem de fato lhe ajudou para conseguir colocar o Grandão no carro: “Meu primo passou por lá, me viu e pediu que minha mãe fosse me encontrar. Ela chegou então colocamos o Grandão dentro do meu carro no porta malas e eu o vim segurando até na veterinária.”
Mayara nos disse que o cão foi diagnosticado com leishmaniose, uma infecção por parasitas que não tem cura. Além disso, Grandão chegou ao veterinário “desidratado”, segundo a veterinária.
Ela nos contou, ainda, que o cão necessita de um exame complementar para saber qual o grau de leishmaniose ele possui. Já com o dinheiro, Mayara afirmou que parcelou no cartão de crédito os custos, mas que com a postagem no Facebook ela arrecadou fundos para custear a permanência dele na clínica e também os exames.
A antiga dona tentou recuperar o Grandão
A antiga dona do cão tentou ir até a clínica para buscá-lo depois que teve ciência da repercussão dos fatos. O Sempre Nova Lima não possui a informação do nome da antiga proprietária do animal. Já Mayara registrou um Boletim de Ocorrências e disse aos veterinários que tomou as medidas cabíveis para que o Grandão não seja resgatado por quem o abandonou.
“Fui até PM e fiz um Boletim de Ocorrências (uma pessoa que teve contato com ele e a dona me passou endereço e nome) então me assegurei pra ela não pega-lo novamente. Por que ela abandonou pra morrer? Por que pegar ele agora? Sem noção!
Avisei a veterinária que as medidas tinham sido tomadas caso ela procurasse a veterinária novamente. E não procurou!”, afirmou ao Sempre. Ela ainda confirmou que vai procurar o Ministério Público. Mais informações, deixaremos o perfil de Mayara abaixo:
Leishmaniose tem cura sim! "O caminho da cura
Novo tratamento é eficaz em 50% dos casos de leishmaniose canina e quebra ciclo de transmissão para o homem
Ana Rita Araújo
Luiza Bongir
Teste em laboratório com o novo protocolo: maior taxa de cura registrada até o momento
Teste em laboratório com o novo protocolo: maior taxa de cura registrada até o momento
Protocolo terapêutico que utiliza ferramenta da nanotecnologia para modificar a biodistribuição do fármaco no organismo alcançou a cura terapêutica para a leishmaniose visceral canina (LVC). Desenvolvido por pesquisadores do Instituto de Ciências Biológicas (ICB), o tratamento, que propõe nova formulação com a associação de medicamentos já conhecidos – antimoniato de meglumina (glucantime) e alopurinol – gerou depósito de duas patentes nacionais e é objeto de negociação com empresa farmacêutica multinacional para transferência da tecnologia.
Os testes atingiram taxa de 50% de cura parasitológica. Além disso, todos os animais submetidos ao tratamento deixaram de transmitir o parasita Leishmania infantum chagasi para o inseto vetor flebotomíneo, o que quebra o ciclo de transmissão da doença do cão para o ser humano.
Até agora, nenhum tratamento era considerado eficaz para animais naturalmente infectados. " Ler mais em https://www.ufmg.br/boletim/bol1773/6.shtml