Imagem: Reprodução

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SEMPRE NOVA LIMA – Está em tramitação na Câmara Municipal de Nova Lima o projeto de lei nº 2654/2025, de autoria do vereador Pedro Dornas, que visa o reconhecimento do ofício das trancistas – profissionais que realizam tranças em cabelos afro – como patrimônio cultural imaterial do município. A proposta também busca instituir o Dia Municipal da Trancista e estabelece outras providências relacionadas à valorização da atividade.

De acordo com o projeto, o Dia Municipal da Trancista passaria a ser celebrado anualmente em 6 de junho, com o objetivo de reconhecer a relevância da profissão e da cultura associada ao trabalho das trancistas.

A iniciativa tem como objetivos valorizar a herança cultural afro-brasileira presente em Nova Lima, promover a autoestima e o empoderamento de mulheres negras e comunidades afrodescendentes, estimular a transmissão de saberes entre gerações e preservar técnicas tradicionais.

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O texto também prevê o incentivo à formalização, à qualificação profissional e ao empreendedorismo das trancistas, além da inclusão do ofício no Inventário Municipal de Bens Culturais de Natureza Imaterial. Outra diretriz é o estímulo a ações de salvaguarda, registro, capacitação e fomento à economia criativa afro-brasileira.

O projeto estabelece ainda que o Dia Municipal da Trancista poderá ser marcado por atividades e eventos voltados à valorização da profissão, à divulgação cultural e à conscientização sobre a importância social das trancistas.

Caso a proposta seja aprovada, o Poder Executivo poderá, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, promover ações de apoio à comercialização de produtos e serviços das trancistas. Entre as medidas previstas está a possibilidade de criação de um selo de qualidade e autenticidade, cujos critérios seriam definidos em regulamento específico.

Na justificativa do projeto, o vereador Pedro Dornas afirma que trançar cabelos vai além de uma prática estética, sendo um gesto de identidade, resistência, espiritualidade e afirmação cultural. Segundo ele, o reconhecimento do ofício e a criação do Dia Municipal da Trancista representam uma reparação simbólica a uma parcela fundamental da cultura afro-brasileira, historicamente invisibilizada nos espaços de reconhecimento institucional.

De acordo com a última atualização, o projeto foi encaminhado para confecção de parecer em conjunto das Comissões de Legislação e Justiça, Serviços Públicos Municipais e Orçamento, Finanças e Tomada de Contas.

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