MATÉRIA DO G1
O corpo do cantor Lô Borges, um dos criadores do Clube da Esquina, é velado no hall de entrada do Palácio das Artes, neste momento. A cerimônia foi aberta ao público, às 9h e vai até 15h. O artista morreu em Belo Horizonte na noite desse domingo (2), aos 73 anos, em decorrência de falência múltipla de órgãos.
Do lado de fora, centenas de fãs, em fila, aguardando o momento de entrar no teatro e se despedir do cantor. Nomes da música brasileira, como Milton Nascimento e Djonga enviaram coroa de flores.
Lô Borges estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) desde 17 de outubro. Ele foi hospitalizado devido a uma intoxicação por medicamentos e precisou de ventilação mecânica. No dia 25 de outubro, passou por uma traqueostomia.
Na tarde desta segunda-feira (3), centenas de fãs homenagearam Lô Borges e deixaram flores no encontro das ruas Divinópolis e Paraisópolis, no bairro Santa Tereza, na região Leste da capital. O local é o mítico berço onde nasceu o movimento musical fundado por ele e outros artistas, como Milton Nascimento, na década de 1970.
“Já estive com ele [Lô Borges] aqui em diversas oportunidades. O pessoal do bairro tem a tradição de vir para cá e fazer uma ‘jam session’ para tocar as músicas do Clube do Esquina”, disse o arquiteto Chico Casarões, proprietário do imóvel da esquina.
Uma vida de música
O mineiro lançou o primeiro álbum solo em 1972. Intitulada de “Lô Borges”, a obra ficou popularmente conhecida como “O disco do tênis”, devido à imagem da capa. Após o lançamento, o cantor chegou a largar a carreira musical por uns anos e passou a levar um estilo de vida hippie, mas voltou à rotina artística em 1978, quando participou do “Clube da Esquina 2”.
No ano seguinte, Lô lançou seu segundo álbum solo: “A Via Láctea”, que traz faixas como “Vento de maio” e “Nau sem rumo”. Desde então, ele gravou outros álbuns e fez parcerias marcantes como “Dois Rios”, composta ao lado do Nando Reis e do grupo Skank.
Entre os anos de 2019 e 2025, o músico lançou sete álbuns — cada um deles, ao lado de um grande artista: Nelson Ângelo, Makely Ka, Márcio Borges, Patricia Maês, César Maurício, Toninho Horta, Manuela Costa e Zeca Baleiro.

