Nos três primeiros meses de 2025, mais de mil unidades habitacionais foram vendidas em Belo Horizonte e Nova Lima. Este é o quinto ano seguido em que as vendas ultrapassam essa marca em menos de 100 dias.
Ao todo, foram vendidas 1.087 unidades no período. Apesar do desempenho ser considerado positivo, houve uma queda de 33% em relação às vendas registradas no mesmo período de 2024.
Os imóveis compactos, também chamados de lofts ou estúdios, seguem em destaque. Antigamente conhecidos como kitnets, esses apartamentos com metragem entre 40 e 50 metros quadrados representaram 19,6% das vendas no primeiro trimestre, segundo dados do Sindicato da Indústria da Construção Civil.
Para a Itatiaia, Raphael Lafetá, Presidente do Sinduscon-MG, explicou os motivos que fazem esse modelo de moradia estar em alta.
“Os apartamentos estão ficando pequenos ou compactos por conta de custo, custo com relação ao terreno, custo com relação aos materiais em mão de obra. E a pessoa quer morar bem, quer morar num bairro próximo ao centro, num bairro onde ela se desloque a pé para o trabalho. E para isso acontecer hoje, os apartamentos estão ficando compactos”, disse.
Do outro lado desse cenário estão os apartamentos classificados como de luxo e alto luxo, com valor acima de dois milhões de reais. Esse segmento respondeu por 10,5% das vendas no primeiro trimestre, com 114 unidades comercializadas em Belo Horizonte e Nova Lima.
“Essas pessoas que adquirem tem um poder aquisitivo maior, essas pessoas conseguiram fazer uma economia ou conseguiram gerar valor com o seu trabalho a ponto de comprar a vista esses imóveis. E são imóveis também que as construtoras acabam financiando com um prazo pequeno, curto e as entradas são grandes, então é um mercado muito específico”, explica a Economista-chefe do Sinduscom, Ieda Vasconcelos, para a Itatiaia.
