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Estão por aí tentando criar “factoides” em cima da religião. Isso mesmo: mais uma vez, estão se valendo de um tema sensível e pessoal para fabricar polêmicas em nossa cidade.

A Nova Lima do show gospel de Bruna Karla não pode ser, também, a Nova Lima que reconhece os terreiros como expressões legítimas de fé e crença? Uma prefeitura plural é aquela que garante a todos o direito à livre manifestação cultural, respeitando, claro, os limites estabelecidos pelas nossas leis.

Estão tentando incutir na cabeça das pessoas que a nomeação, na prefeitura, de uma mulher que cultiva sua fé em religiões de matriz africana é algo reprovável. No entanto, todos os governos que este município já teve nomearam pastores para cargos de confiança — e, atenção, ninguém disse nada.

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Esta é a mesma cidade que abrigou a Marcha para Jesus nos governos de Carlinhos Rodrigues. Por que, então, ela não pode ser também a cidade onde as pessoas sejam livres, e sem julgamentos, para falar do Espiritismo?

É um grande absurdo o que estamos presenciando. O projeto de lei que pretende impor a Bíblia como livro paradidático, desconsiderando outras crenças e religiões — justamente na escola, que deveria ser plural — está colocando pessoas contra pessoas. E quem deveria ajudar a discernir, está, na verdade, ajudando a dividir.

Querem uma guerra santa em nossa cidade?

Renato Felipe é sócio-proprietário do Jornal Sempre Nova Lima, economista, jornalista, planejador financeiro, pós-graduado em Finanças e Controladoria.

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