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Na tarde do dia 5 de novembro, terça-feira, uma funcionária do supermercado EPA Belvedere, em Belo Horizonte, denunciou ataques racistas por parte de uma cliente.

Mariana Paula Cardoso, de 25 anos, operadora de caixa, foi alvo de ofensas raciais proferidas pela cliente, que se identificou como juíza. O momento foi registrado por testemunhas, que filmaram a mulher visivelmente alterada e com os pés descalços.

“Você acha que porque tem essa corzinha você pode fazer o que bem quiser […]”, disse a suspeita.

A vítima, ao ser alvo das agressões, rebatou as ofensas chamando a mulher de louca e criticando a atitude racista. A suspeita rebate: “Os racistas são os mais racistas do Brasil”.

Em entrevista ao G1, Mariana Cardoso relatou que não conseguiu continuar trabalhando no restante do dia, e que ficou com o psicológico extremamente abalado pela ação e ameaças da suspeita. “Eu estava trabalhando, sabe? Já é tão difícil lidar com público. Eu fiquei com meu psicológico muito abalado. Ela me ameaçou várias vezes, falou que isso não iria ficar assim, que ela é juíza e que eu não conhecia ela. Fiquei em choque. Isso nunca tinha acontecido comigo”, afirmou.

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A polícia foi acionada, mas a suspeita fugiu antes de ser identificada. Segundo a vítima, as compras da mulher foram pagas via PIX, utilizando uma conta vinculada ao CNPJ de uma faculdade localizada em Contagem, na Grande BH.

Investigação policial

O fiscal da loja afirmou à PM que interveio na confusão, mas foi agredido com um soco no abdome pela suspeita que disse “quem essa negra pensa que é?”, conforme consta no registro policial.

Testemunhas relataram que a equipe administrativa e o gerente do mercado prestaram assistência à vítima, afastando a agressora, que ainda tentou atacar a operadora de caixa.

Clientes relataram que, durante a fuga, a suspeita acelerou o carro e quebrou a cancela do estacionamento, além de xingar outros funcionários, chamando-os de “pobres e vagabundos”.

A Polícia Civil, por meio de nota, informou que abriu um inquérito para investigar o caso, e que as apurações seguem em andamento.

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