A Justiça de Pernambuco desbloqueou, nesta quinta-feira, dia 6, os bens do cantor Gusttavo Lima, investigado por envolvimento com casas de apostas. A investigação faz parte da operação Integration, deflagrada pela Polícia Civil pernambucana em 4 de setembro para combater a lavagem de dinheiro e prática de jogos ilegais.
O desembargador Demócrito Reinaldo Filho, da 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJ-PE), concedeu a liminar para desbloquear os bens do cantor argumentando falta de elementos suficientes para justificar a medida.
Esta é a segunda decisão favorável ao cantor nesta semana; na última terça-feira, dia 5, o Tribunal de Justiça também manteve o habeas corpus que impediu sua prisão.
Desbloqueio de empresa
O TJ-PE concedeu liminar liberando o bloqueio de bens da empresa Balada Eventos, pertencente a Gusttavo Lima. No despacho, o magistrado analisou o relatório final do inquérito policial, que investigou a empresa por ocultação de recursos ilícitos.
Segundo a defesa de Gusttavo Lima, a nova decisão “representa um importante passo para comprovar a integridade do cantor e a lisura de todos os contratos que firmou com empresas de apostas”, diz o posicionamento oficial.
O caso
No início de setembro, a Polícia Civil de Pernambuco deflagrou a Operação Integration, que culminou na emissão de 19 mandados de prisão e 24 mandados de busca e apreensão em cinco estados, incluindo ordens de prisão para Deolane Bezerra e Gusttavo Lima, embora este último não tenha sido detido. A ação bloqueou mais de R$ 2 bilhões em ativos dos envolvidos, marcando um passo importante no combate ao crime organizado.
A operação visa combater crimes de lavagem de dinheiro e jogos ilegais, investigando uma organização suspeita de movimentar cerca de R$ 3 bilhões em atividades ilícitas. O caso teve início em dezembro de 2022, após a apreensão de aproximadamente R$ 180 mil.