Clarissa Barçante/ALMG

MATÉRIA DO G1

Com previsão de um volume de chuva acima do normal para o período entre outubro de 2024 e março de 2025, a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) garantiu estar investindo no fortalecimento da rede de distribuição e aumentando o número de equipes de campo no estado. A empresa não trabalha com a possibilidade de apagões, como os ocorridos em São Paulo nas últimas semanas.

A estatal disse estar preparada para a maior recorrência de interrupções pontuais no fornecimento de energia para clientes, devido ao grande volume de água.

Ela informou ainda que investiu mais de R$ 3 bilhões no sistema elétrico entre janeiro e setembro deste ano, com criação de novas subestações, obras de conexão das instalações ao sistema de distribuição e religadores para automatizar o sistema e reduzir o tempo de desligamento para os clientes impactados.

  • Atualmente, apenas 520km dos 7380km — ou cerca de 7% — da rede elétrica de Belo Horizonte são subterrâneos.
  • Essa fiação está concentrada na área hospitalar e na região Central. (leia mais abaixo)

“A Cemig está preparada, a gente tem equipes que estão diariamente de sobreaviso. Nós temos quase 500 subestações, 30 mil equipamentos na rede, mais de 15 mil telecontrolados, e esses equipamentos garantem o restabelecimento e remanejamento das cargas de forma mais rápida possível”, disse Suellen Vieira, técnica de supervisão e controle do Sistema Elétrico da Cemig.

Apagão

Questionada sobre a possibilidade de um apagão, a técnica da estatal disse que a empresa está preparada e não acredita que Minas Gerais passará por problemas semelhantes aos registrados em São Paulo.

“O risco é metereológico. A gente está vivendo uma transição climática muito grande. A gente não acredita que vai passar o igual. A gente tem know-how, equipamento, geradores, subestação móvel. Então, isso garante o restabelecimento”, concluiu Vieira.

De acordo com a Defesa Civil municipal de Belo Horizonte, em quatro regionais da capital já choveu mais que o previsto para todo o mês de outubro: Barreiro (188,2%), Centro-Sul (133,2%), Leste (122,1%) e Oeste (110,3%).

Enterramento de cabos

Com relação ao enterramento de cabos como medida preventiva para evitar transtornos na rede elétrica por causa da chuva, a Cemig diz que a criação de redes subterrâneas faz parte do programa da empresa, mas que depende de um trabalho integrado com outros entes públicos, como a Prefeitura e as redes de telecomunicações

“É um projeto extremamente desafiador. Imagina fazer uma rede subterrânea na Avenida do Contorno, por exemplo. É um trabalho que precisa ser feito de forma conjunta e integrada. […] O padrão que temos hoje de rede aérea traz um desempenho no sistema elétrico que é muito adequado para os dias atuais. […] Elas têm capacidade boa, desempenho muito adequado”, avaliou Alisson Chagas, Superintendente de Engenharia da Cemig.

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