Foto: Reprodução/Redes socais

Na segunda-feira, dia 30, o influenciador digital Gebê, de 26 anos, foi preso temporariamente durante a operação “Vermelho 27” da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG). Ele é suspeito de promover jogos de azar on-line, como o “tigrinho”, lucrando aproximadamente R$ 1 milhão por mês.

Além disso, segundo informações apuradas pelo BHAZ, Gebê já enfrentou também outras controvérsias e chegou a responder a diversos processos. Confira abaixo.

Garçom

Em um deles, um garçom de um restaurante de luxo afirma ter sido vítima de “uma situação vexatória” e exposto “ao ridículo” nas redes sociais do influenciador.

Segundo o garçom, o problema ocorreu quando Gebê foi pagar a conta e questionou o percentual de 10% incluído na cobrança. O funcionário respondeu: “Na verdade, sou eu os dez por cento. É o garçom”. Em resposta, o influenciador disse: “Mas eu não lembro de ter te comido hoje”.

O diálogo foi gravado e publicado em um dos perfis de Gebê, que tinha 2,3 milhões de seguidores. “Resta demonstrado, dessa forma, que o Requerido utilizou-se de meio público e abrangente para desabonar a honra e imagem do Requerente no seu local de trabalho, perante a sociedade, pois publicou o vídeo em uma rede social onde milhares de pessoas viram e compartilharam, deixando o autor em uma situação vexatória e expondo-o ao ridículo”, afirma um trecho do pedido de indenização.

A alegação foi rebatida no processo por Gebê: “Por sempre deixar gorjetas com valores altos e ter um ótimo convívio com outros funcionários do estabelecimento acabou por também fazer ‘amizade’ com o requerente. Sendo assim, o requerido teve a ideia de replicar um vídeo já famoso na rede social Instagram, onde claramente possui o tom de amizade e brincadeira entre as partes. Além disso, diante das pessoas sentadas à mesa o requerente autorizou a gravação e publicação do vídeo, prova testemunhal que será produzida em momento oportuno”.

Em uma audiência de conciliação, Gebê se comprometeu a pagar R$ 5 mil de indenização ao garçom. No entanto, por não quitar o valor dentro do prazo estipulado pela Justiça, acabou desembolsando R$ 6.500.

Relógio

A negociação de um relógio também gerou uma disputa judicial. Um ex-sócio de Gebê o acusou de comprar o artigo por R$ 120 mil, mas de não ter pago os R$ 80 mil restantes das parcelas, que deveriam ser quitadas por meio de cheques que teriam sido sustados.

Gebê negou as acusações e processou o ex-sócio, alegando “violação da honra e imagem”, pois o homem teria feito publicações nas redes sociais levantando essas alegações.

Segundo a ação, o influenciador “se viu exposto nas redes sociais do réu associado à prática de diversas condutas delituosas, além de ser chamado de ‘safado’, ‘moleque’, ‘juvenil’, entre outras palavras de baixo calão”.

“Como se não bastasse, promove o réu um verdadeiro ‘linchamento virtual’ incitando seus seguidores irem até o perfil do autor questionarem acerca de uma SUPOSTA apropriação indébita de um relógio, outro crime que lhe é atribuído nos stories do réu”, afirmou no processo, que permanece em andamento.

Gato

Gebê também já recorreu à Justiça como vítima. Ele solicitou uma indenização a um canil após adquirir um filhote de gato da raça Maine Coon, conhecida por “felinos gigantes” e originária dos Estados Unidos.

O influenciador pagou R$ 5 mil pelo animal, mas afirma que foi surpreendido ao receber um gato com saúde debilitada, o que o levou a gastar R$ 16 mil em tratamentos.

A representante da empresa negou as acusações e afirmou que Gebê “não apresentou adequadamente os resultados dos exames, posto que diante da análise de outros profissionais, os exames apresentados parecem se referir a animais diferentes”.

O processo foi extinto, pois, segundo o judiciário, “somente se poderia apurar se o animal apresentou maus tratos ou infecções e doenças antes da entrega ao promovente, se houvesse uma prova pericial, ainda que indireta e sobre os documentos produzidos pelas partes, mas que fosse segura o suficiente para estribar a atividade jurisdicional”.

Combustível gratuito

Em julho deste ano, Gebê gerou agitação em postos de combustíveis em Belo Horizonte ao distribuir combustível gratuitamente para motoboys. A ação atraiu uma grande quantidade de motos aos estabelecimentos. Na época, o influenciador afirmou ter gasto R$ 30 mil, explicando que a ideia era “retribuir um pouco do sucesso que ele alcançou”.

E o que afirma a defesa?

Os advogados de Gebê emitiram uma nota afirmando que os processos em questão são “processos cíveis comuns” e não têm relação com o caso criminal que tem recebido ampla cobertura na mídia.

A defesa explica que o processo envolvendo o garçom surgiu de um desentendimento: inicialmente, o funcionário havia concordado em gravar um vídeo humorístico, mas depois se arrependeu e se sentiu constrangido pelo meme postado, afirmam. Por se compadecer pela situação do garçom, Gebê teria oferecido uma indenização, e o caso foi encerrado sem necessidade de julgamento.

Sobre o ex-sócio que alegou dívida, a defesa informou que esse mesmo ex-sócio está sendo acusado de desviar valores de uma sociedade que mantinha com o influenciador, e o caso aguarda julgamento na Justiça.

Quanto à situação do gato, os advogados ressaltaram que Gebê é amante de felinos e possui muitos gatos em casa. No entanto, um gatil teria vendido a ele um gato em péssimas condições de saúde, que chegou a contaminar outros gatos da residência. Segundo a defesa, o influenciador precisou gastar mais de R$ 40 mil com tratamentos, mas os animais foram salvos e estão saudáveis. O processo em questão teria sido aberto para recuperar esses gastos com os tratamentos.

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