Ninguém tem algo contra Diogo Ribeiro, o atual vice-prefeito. Este editorial não se trata de detratar a imagem dele, que é novo na política. Os editoriais são utilizados para iniciar uma discussão e, concomitantemente, fazer com que o jornal se posicione acerca de assuntos pertinentes à pauta jornalística que circunda o nosso editorial.
Mas, ninguém também tem algo contra Thiaguinho, o atual presidente da Câmara dos Vereadores. Então, estão empatados? Não. Política é feita de políticos, e políticos novos, pelo menos em Nova Lima, estão trazendo novas perspectivas com foco em nossa cidade e equipamentos públicos. João não foi vice à toa; ele agora não é prefeito porque assim a sorte o quis. Thiago Almeida (o Thiaguinho) não é presidente da Câmara sem motivo.
Eles têm um trabalho bem-feito em suas comunidades que reverbera pelos cantos da cidade, assim como outros players políticos também possuem, como Vitor Penido e Carlinhos Rodrigues, por exemplo. Cada político tem sua parcela de participação no que Nova Lima é hoje.
Além de políticos novos, a política ser feita por políticos revela algo muito importante. Thiaguinho fez seu trabalho em prol da vice de uma forma muito consistente. O vice não é só o cara que não dá dor de cabeça ao prefeito, mas ele deve ser também o responsável pela articulação política, pela capacidade de gestão e pelo trabalho e votos em áreas importantes para o candidato a prefeito.
Thiaguinho tem uma forte influência na Região Noroeste, reduto importante para João Marcelo. Mas não apenas isso, ele aglutinou partidos e pessoas importantes ao projeto de reconduzir JM. Como se já não bastasse, o presidente da Câmara – o que por si só já o capacita para o novo cargo –, se articulou em cenário estadual e federal e obteve o apoio de pessoas importantes que têm certa influência sobre o prefeito.
E, talvez o mais importante, Thiaguinho contribuiu com aprovações que são de suma importância para a agenda positiva do governo João Marcelo em Nova Lima, como a aprovação do plano de cargos e salários dos servidores, que possibilitou a abertura do processo de concurso público no município, após anos. E, claro, todos os vereadores têm sua parcela de contribuição, mas cabe ao presidente da mesa diretora a condução do processo.
Thiaguinho ainda conduziu um orçamento enxuto no Legislativo e criou ações que atingissem a população, como mutirões de emprego e o mais novo CIAC, que vai ofertar até a produção de identidades.
Diogo, que é uma grande pessoa, ficou apenas como “o” gente boa. O projeto de João necessita de algo mais. Faltou a Diogo tato político, talvez experiência, para que ele construísse uma nova viabilidade e, consequentemente, fosse reconduzido ao cargo. Quem sabe até ser sucessor natural em 2028.
Thiago Almeida fez o dever de casa bem feito e aglutina tanto politicamente quanto em capilaridade na população, mais do que Diogo. Por isso, ele deveria ser o vice de João Marcelo no pleito de outubro.
*** O texto reflete a opinião do Jornal Sempre Nova Lima enquanto órgão de imprensa