O sarampo tem avançado no Brasil e também em Minas Gerais, conforme divulgação de dados do Ministério da Saúde. Inclusive, o país busca importar vacinas para imunizar a população. Entre 5 de maio de 3 de agosto, o Ministério calculou 907 casos confirmados da doença.
“O sarampo é uma doença viral, infecciosa aguda, grave, transmissível, altamente contagiosa e comum na infância. A doença começa inicialmente com febre, exantema (manchas avermelhadas que se distribuem de forma homogênea pelo corpo), sintomas respiratórios e oculares”, disse a Secretaria de Saúde do Estado de Minas Gerais em um boletim epidemiológico. A Secretaria concluiu:
“No quadro clínico clássico, as manifestações incluem tosse, coriza, rinorréia (rinite aguda), conjuntivite (olhos avermelhados), fotofobia (aversão à luz) e manchas de koplik (pequenos pontos esbranquiçados presentes na mucosa oral). A evolução da doença pode originar complicações infecciosas com amigdalites (mais comum em adultos), otites (mais comum em crianças), sinusites, encefalites e pneumonia, que podem levar à óbito. As complicações frequentemente acometem crianças desnutridas e menores de um ano de idade.”
A transmissão ocorre de pessoa a pessoa por meio de secreções presentes na fala, tosse, espirros ou até mesmo respiração. Na presença de pessoas não imunizadas ou que nunca apresentaram sarampo, a doença pode se manter em níveis endêmicos, produzindo epidemias recorrentes.
Segundo o boletim, “desde o início de 2019, foram notificados 190 casos suspeitos de sarampo provenientes de 73 municípios no estado de Minas Gerais. Desses, 71,1% (135/190) foram descartados; 26,8% (51/190) estão sob investigação e 2,1% (4/190) casos foram confirmados, sendo um importado.”
Nova Lima, na RMBH, não registrou qualquer caso. Em Betim, também na Região Metropolitana, um italiano com viagens para a Europa apresentou sintomas e teve exames que confirmaram a doença.