Na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara de Belo Horizonte, o representante da Anglo Gold Ashanti, Ricardo de Assis Santos, que é diretor da mineradora, garantiu que as estruturas que estão na região de Nova Lima estão seguras e com estabilidade.
“Todas as barragens estão seguras e estáveis e são devidamente licenciadas e fiscalizadas por órgãos governamentais municipais, estaduais e federais. Elas são diariamente monitoradas com o auxílio de equipamentos de alta tecnologia”, declarou Assis.
Ele ainda afirmou que a Anglo vem discutindo o processo de descomissionamento de suas estruturas com os órgãos competentes e que em caso de rompimento, já existe um plano de emergência discutido com a Defesa Civil Estadual e com o Corpo de Bombeiros. Ainda segundo Ricardo, “ainda assim, no caso de rompimento, a mancha não afetaria o Sistema Rio das Velhas, pois está à jusante dele”.
De acordo com ele, 50% da Mina Cuiabá, em Sabará, já pratica disposição a seco; na Planta Córrego do Sítio, em Santa Bárbara, são 30%; e 15% na Planta da Hidrelétrica Queiroz, em Nova Lima.
O representante da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), Henrique Pinheiro Meireles, informou que o descomissionamento das estruturas em Rio Acima está em andamento e que estas barragens não possuem mais água. Elas ficam próximas a Estação de Tratamento Bela Fama, em Honório Bicalho (cidade de Nova Lima).
“Há um monitoramento diário ao longo de toda a extensão delas, medindo a pressão, o nível de água e se há algum sismo. Não existe barragem que se rompe de repente, a não ser se houver um terremoto. Ela sempre emite sinais e sintomas do que está acontecendo. Qualquer barragem bem monitorada pode ter seu rompimento evitado”, declarou Henrique.