A Petrobras sucumbiu e anunciou aumento de 18,7% na gasolina, além de 24,9% no diesel, após 57 dias sem anunciar um novo aumento. A empresa estava segurando o aumento devido ao grande aumento nos preços internacionais como fruto da guerra entre Rússia e Ucrânia no Leste Europeu.
O governo Jair Bolsonaro (PL) estava discutindo subsidiar a gasolina e com isso usar os cofres públicos para que a Petrobras não aumentasse os preços. A empresa compra petróleo no mercado internacional e com o recente aumento expressivo no bem tende a passar os preços para o consumidor final.
A ideia do governo era evitar um surto inflacionário com o possível aumento dos combustíveis. Acontece que o governo não chegou a consenso e a empresa precisou aumentar os preços. Já havia perspectiva de faltar diesel para abastecimento do mercado interno com a defasagem de preços.
O gás liquefeito de petróleo (GLP) também será reajustado em 16%. Os preços entrarão em prática nesta sexta-feira, dia 11.
“Após serem observados preços em patamares consistentemente elevados, tornou-se necessário que a Petrobras promova ajustes nos seus preços de venda às distribuidoras para que o mercado brasileiro continue sendo suprido, sem riscos de desabastecimento, pelos diferentes atores responsáveis pelo atendimento às diversas regiões brasileiras: distribuidores, importadores e outros produtores, além da Petrobras”, esclareceu a petroleira.