Imagem: CBH Rio das Velhas

O Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas – CBH Rio das Velhas alertou no mês passado para um caos em desabastecimento de água para uma grande população da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) em caso de ruptura de estruturas de barragens que cercam rios e mananciais.

Um dos alertas está para a coleta a fio d’água no bairro Honório Bicalho, em Nova Lima, na RMBH. Para o órgão e o geólogo e pesquisador, Paulo Rodrigues, “todas as barragens de rejeitos de mineração que se encontram a montante da captação de água de Bela Fama, em Honório Bicalho, representam grave risco para o abastecimento de água da capital mineira e inúmeros municípios vizinhos.”

Para isso o documento que está disponível na internet cita as estruturas da Mundo Mineração, que abandonou a produção de ouro no país. As estruturas estão sob comando do Governo de Minas, que anunciou o seu processo de descomissionamento. Para tanto, a Copasa necessita licitar uma empresa para fazer o processo. O descomissionamento consiste em esvaziar a estrutura e dar destino ao rejeito.

O problema é que o rejeito possui cianeto, um composto químico extremamente tóxico e nocivo à vida. Um rompimento destas estruturas causaria graves problemas na qualidade da água.

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“Importante ressaltar que o eventual rompimento de alguma barragem na região do Alto Rio das Velhas comprometerá a qualidade da água de toda a bacia. O problema não se restringe apenas à região mencionada. Como exemplo podemos citar Sete Lagoas, na região Central, que tem sua captação no município de Funilândia, a jusante de Bela Fama, para o abastecimento de cerca de 90 mil pessoas”, atesta o documento.

As estruturas da Mundo Mineração ficam a apenas 2 Km do Rio das Velhas, que além de abastecer dois terços da RMBH, é afluente do Rio São Francisco. Nova Lima convive com o medo destas estruturas a todo momento. A população do distrito de Macacos, por exemplo, sofre com graves perdas econômicas, uma vez que as estruturas das barragens B3/B4 subiram para o nível 3, mais grave em potencial de riscos.

Um vídeo produzido pelo comitê mostra o depoimento de especialistas e também de moradores que estão no entorno das regiões. Uma revista também foi produzida para mostrar o mapa da região e como as barragens ameaçam os rios. Veja a Revista.

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