Auditores do trabalho determinaram que nenhum funcionário da Vale e de empresas terceirizadas poderão entrar em áreas de barragens em Minas Gerais. Estes auditores são da Superintendência Regional do Trabalho de Minas Gerais (SRT-MG).
O motivo são os riscos que estas estruturas oferecem aos trabalhadores que ficam no local e poderiam ser rapidamente atingidos em caso de colapso destas barragens. Só em Nova Lima duas estruturas estão no laudo técnico: B3/B4, em Macacos; Vargem Grande, próximo a BR-040.
Representantes da Vale receberam o laudo em reunião com o Ministério Público do Trabalho (MPT) nesta quarta-feira, dia 10. Além de Nova Lima, as barragens de Ouro Preto, Barão de Cocais e Itabirito também constam na lista.
Em março, funcionários que trabalhavam na B3/B4, Vargem Grande e Sul Superior, em Barão de Cocais, já haviam sido impedidos de entrar em seus locais de trabalho próximo a estas estruturas.
O MPT quer que a Vale apresente um plano para aumentar a segurança dos seus funcionários. Segundo o órgão, o índice de mortes no setor minerário está acima da média nacional.
As barragens interditadas pela Superintendência Regional do Trabalho de Minas Gerais são:
Forquilha I do Complexo de Fábrica, em Ouro Preto
Forquilha II do Complexo de Fábrica, em Ouro Preto
Forquilha III do Complexo de Fábrica, em Ouro Preto
Marés II do Complexo de Fábrica, em Ouro Preto
Maravilhas II do Complexo de Vargem Grande, em Nova Lima
Grupo do Complexo de Fábrica, em Ouro Preto
Vargem Grande do Complexo de Vargem Grande, em Nova Lima
B3/B4 da Mina de Mar Azul, em Nova Lima
Sul Superior da Mina de Gongo Soco, em Barão de Cocais