A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) e o Ministério Público do Estado de Minas Gerais (MPMG) deflagraram, na manhã desta terça-feira, dia 11, operação contra o crime de “rachadinha”, na Câmara Municipal de Nova Lima. Um vereador e seu chefe de gabinete foram presos preventivamente e 13 mandados de busca e apreensão foram cumpridos.

De acordo com a PCMG e o MPMG, foram identificados indícios de que o vereador, Tiago Tito, do PSD (confirmado pela nossa equipe) teria recebido valores provenientes dos salários de assessores parlamentares “rachadinha” agindo, para a execução dos atos ilícitos, com o auxílio do chefe de gabinete e outros integrantes. Ele é investigado também por influência na destinação de cargos públicos, fraudes a processos licitatórios no Poder Legislativo e no Executivo no município e lavagem de valores decorrentes das práticas criminosas.

De acordo com o delegado Gabriel Ciríaco, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), foi observado relação entre o vereador e um empresário de Nova Lima, no ramo de construção civil. “Ele [o empresário] teria ligações com esse vereador, teria facilidades e favorecimentos em licitações. Então, esse empresário também foi alvo de busca e apreensão hoje”, afirma.

Alvos da operação

Segundo os dados da operação, os alvos de busca e apreensão foram o vereador Tito, seu chefe de gabinete, a residência e o gabinete do parlamentar, do chefe de gabinete e de outros agentes públicos envolvidos, bem como a residência do empresário e a sede da empresa. Durante as buscas, foram apreendidos celulares, notebooks, computadores e documentos que serão utilizados no prosseguimento das investigações.

Circunstância

A investigação foi iniciada em outubro do último ano e deflagrada em dezembro. “Nós tivemos a primeira fase dessa operação, que foi denominada Contrato Leonino, e, depois de análise de materiais e oitivas de pessoas envolvidas nessa etapa, culminou, hoje, nesta segunda fase, sendo apurados os crimes de peculato, na modalidade ‘rachadinha’, associação criminosa, falsidade ideológica de uso nesses documentos falsos, dispensa irregular de licitação e eventual lavagem de dinheiro”, detalha o delegado.

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