De: Agência Brasil
Num dia de volatilidade no mercado financeiro, o dólar caiu nesta sexta-feira (19) e devolveu a valorização dos últimos dois dias, embalado pelo otimismo no mercado internacional. Puxada por notícias sobre a Petrobras, a bolsa de valores caiu pelo segundo dia seguido e voltou a ficar abaixo dos 119 mil pontos.
O dólar comercial encerrou o dia vendido a R$ 5,385, com recuo de R$ 0,056 (-1,02%). A cotação chegou a subir no início das negociações, mas reverteu a trajetória e passou a cair ainda durante a manhã. Na mínima do dia, por volta das 13h30, a divisa chegou a ser vendida a R$ 5,36.
Com o desempenho de hoje, o dólar, que ontem encostou em R$ 5,45, fechou a semana praticamente estável, com alta de 0,21%. Em fevereiro, a moeda acumula queda de 1,62%.
O mercado de ações teve um dia mais tenso, com a expectativa de anúncio de mudanças no comando da Petrobras. O índice Ibovespa, da B3, fechou a sexta-feira aos 118.430 pontos, com recuo de 0,64%. Na semana, o indicador acumulou recuo de 0,84%.
O novo presidente da Petrobras, o general Joaquim Silva e Luna, só foi anunciado pelo presidente Jair Bolsonaro depois do fechamento do mercado. No entanto, os investidores passaram o dia inteiro na expectativa em torno da mudança no comando da estatal.
As ações da Petrobras, as mais negociadas na bolsa, fecharam o dia em forte queda. Os papéis ordinários (com direito a voto em assembleia de acionistas) caíram 7,92%. As ações preferenciais (com preferência na distribuição de dividendos) recuaram 6,63%.
O mercado de câmbio não foi afetado pelas mudanças na Petrobras por causa do cenário externo. Depois de dias de pessimismo com a alta da inflação nos Estados Unidos, o mercado internacional teve um dia de otimismo nesta sexta-feira, impulsionado pelo avanço nas negociações de um novo pacote de estímulos de US$ 1,9 trilhão para a economia norte-americana recuperar-se da pandemia de covid-19.
Também contribuiu para o otimismo externo o compromisso do Federal Reserve (Fed, Banco Central dos Estados Unidos) de não aumentar os juros tão cedo, mesmo com eventuais repiques na inflação da maior economia do planeta. A intenção de manter os juros básicos norte-americanos entre 0% e 0,25% ao ano foi expressa na ata da última reunião do Fed.