Os vereadores Tiago Tito (PSD), Álvaro Azevedo (PSDB), Danúbio (Cidadania), Juliana Sales, (Cidadania) e José Carlos de Oliveira, o Boi (PSL), fizeram uma coletiva de imprensa para apenas dois veículos de comunicação e explicaram o porquê do imbróglio na Câmara e também o motivo de não participarem das reuniões convocadas nas últimas horas.
O Jornal Sempre Nova Lima não foi chamado para a coletiva. Mesmo assim, colhemos as informações. Os vereadores explicaram que não concordam com a leitura do Regimento Interno sobre a eleição ocorrida no dia 1° de janeiro.
Para eles, o regimento não deixa claro que apenas quem empatou na primeira votação pode ir para a segunda e que por isso, Boi poderia participar e ser eleito. Naquele dia havia três chapas: Anisinho, Álvaro e Boi . Anisinho e Álvaro empataram em cinco a cinco, já Boi não teve nenhum voto. Mesmo assim ele foi para a segunda votação e empatou também com Anisinho, mas sendo eleito por ser o mais idoso.
O grupo político também explicou que não comparece às reuniões da Câmara porque não concorda com a decisão do Dr. Dárcio Lopardi, desembargador do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), que decidiu que uma segunda votação deveria acontecer entre Anisinho e Álvaro. Álvaro renunciou e não participou da votação. Para o desembargador o regimento é omisso quanto ao rito eleitoral e que por isso deveria se levar em conta o regimento da Assembléia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), conforme determina o artigo 253.
Além disso, os parlamantares afirmaram que a cidade não será prejudicada pelo impasse já que o orçamento não foi votado e com isso a prefeitura só pode executar 1/12 avos do último orçamento.
Contaram, também, que o prefeito João Marcelo (Cidadania) se reuniu com os dez vereadores a fim de pacificar a casa legislativa.
A permanência da candidatura de Boi
De acordo com o grupo, a permanência na candidatura de Boi acontece porque ele é o mais velho e venceria a votação. Contudo, a gestão seria compartilhada com os cinco vereadores e não apenas com o vereador do PSL.
A escolha no nome de Boi tem gerado críticas nas redes sociais devido a dificuldade de leitura e de fala do parlamentar.
Apesar disso, Álvaro Azevedo explicou que a proposta do grupo é que se encontre um quarto nome para a presidência e que não seja ninguém dos que já se candidataram. Ainda segundo eles, se houver comprometimento em reduzir os custos da Câmara, uma pacificação aconteceria.
Caso contrário, vão aguardar decisão final da justiça.