MATÉRIA DO G1
Minas Gerais é o segundo estado do país com mais famílias notificadas pelo governo federal a devolver valores do Auxílio Emergencial recebidos de forma indevida durante a pandemia de Covid-19. Ao todo, 21.186 famílias mineiras devem pagar R$ 56,6 milhões aos cofres públicos – valor equivalente a quase 12% de toda a devolução que deverá ser feita no país.
Ao todo, o governo federal cobra que sejam devolvidos R$ 478,8 milhões de 177,4 mil famílias no Brasil. Minas fica atrás apenas de São Paulo no número de notificações (veja dados mais abaixo).
A cobrança está sendo feita de pessoas que receberam o benefício em 2020 ou 2021 sem atender aos critérios de elegibilidade. As principais irregularidades incluem emprego formal ativo, duplicidade de pagamento e renda familiar acima do limite permitido.
As notificações estão sendo enviadas por SMS, WhatsApp, e-mail e pelo aplicativo Notifica. O prazo para quitação é de 60 dias, com possibilidade de parcelamento em até 60 vezes, sem juros nem multa, e parcela mínima de R$ 50.
O pagamento deve ser realizado exclusivamente pelo sistema Vejae, por meio de PIX, cartão de crédito ou boleto. Quem não regularizar a situação pode ser inscrito na Dívida Ativa da União e no Cadastro Informativo de Créditos não Quitados (Cadin), além de sofrer negativação em órgãos de proteção ao crédito.
Veja os 10 estados com mais famílias notificadas:
- São Paulo: 55.251 famílias – R$ 155 milhões
- Minas Gerais: 21.186 famílias – R$ 56,6 milhões
- Rio de Janeiro: 13.266 famílias – R$ 35,5 milhões
- Paraná: 13.259 famílias – R$ 35,9 milhões
- Santa Catarina: 9.680 famílias – R$ 26,7 milhões
- Rio Grande do Sul: 8.762 famílias – R$ 24,2 milhões
- Bahia: 7.349 famílias – R$ 18,4 milhões
- Goiás: 6.304 famílias – R$ 16,6 milhões
- Pará: 4.968 famílias – R$ 12,8 milhões
- Espírito Santo: 4.398 famílias – R$ 11,6 milhões