SEMPRE NOVA LIMA – Um homem de 59 anos foi preso preventivamente pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) nesta quinta-feira, 18 de setembro, suspeito de abusar sexualmente de uma jovem de 22 anos com deficiência mental no bairro Alto do Gaia, em Nova Lima.
As investigações, conduzidas pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM), começaram no dia seguinte ao crime, após o tio da vítima procurar a polícia e registrar a ocorrência. O caso aconteceu no dia 3 de setembro, quando a jovem foi até a casa do pai buscar documentos para uma consulta médica. Como ele não estava presente, um vizinho a chamou para entrar em sua residência, onde, segundo a investigação, ocorreu a violência sexual.
A jovem apresenta vulnerabilidade devido a retardo mental, atrasos globais no desenvolvimento e esquizofrenia. Além disso, a família dela também enfrenta dificuldades, já que a mãe e os irmãos têm problemas de saúde mental. De acordo com a delegada Mellina Clemente, a jovem não tinha plena noção do que havia acontecido. Após sair da casa do suspeito, ela apresentou dores intensas e sangramento nas partes íntimas, o que a levou a procurar atendimento na Unidade Básica de Saúde (UBS) do bairro.
Enfermeiras que já acompanhavam a situação de vulnerabilidade da jovem e da família prestaram os primeiros cuidados e a encaminharam ao Hospital Nossa Senhora de Lourdes, em Nova Lima, onde ela passou por exames e recebeu atendimento médico. Foi na UBS, durante o acolhimento inicial, que a vítima contou às profissionais de saúde o que havia acontecido.

O suspeito possui antecedentes criminais. Ele já havia cumprido 15 anos de prisão por tráfico de drogas, pena finalizada em 2019, além de ter passagem por crime sexual na década de 1990. Em depoimento, ele admitiu ter convidado a jovem para entrar em sua casa, mas negou a relação sexual. Disse apenas que trocaram beijos e que pediu para ela ir embora logo depois, afirmando que ficou com medo de “acontecer alguma coisa”, pois, em suas palavras, sabia que ela tinha “um probleminha”.
Segundo a delegada, as investigações estão na fase final e dependem apenas da conclusão dos laudos periciais. O homem deve ser indiciado por estupro de vulnerável, crime cuja pena varia de 8 a 15 anos de reclusão.