Foto: Reprodução/g1

MATÉRIA DO G1

O escritório de advocacia que representava Matteos França Campos, acusado de matar a própria mãe, a professora Soraya Tatiana Bomfim França, comunicou nesta terça-feira (5) que deixará o caso.

Em nota, os advogados informaram que a decisão foi tomada após análise criteriosa e se baseia em “valores éticos e morais”.

“Após criteriosa análise, decidimos em não dar prosseguimento à defesa no processo envolvendo a morte da professora Soraya Tatiana. Tal decisão refere-se a valores éticos e morais do nosso escritório. Já afirmamos os nossos sentimentos a todos familiares, amigos e alunos da querida professora Tati, nos colocando à disposição para qualquer esclarecimento”, diz o comunicado.

Relembre o caso

Matteos foi preso no dia 25 de julho, cinco dias após o corpo da mãe ser encontrado coberto por um lençol, com sinais que inicialmente levantaram suspeita de violência sexual, próximo a um viaduto em Vespasiano, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

De acordo com a Polícia Civil, o suspeito agiu sozinho. Em depoimento, ele afirmou ter enforcado a mãe durante uma discussão por motivos financeiros dentro do apartamento onde os dois moravam. Depois, colocou o corpo no porta-malas do carro dela e o abandonou nas proximidades do viaduto.

As investigações apontam que Matteos enfrentava dívidas relacionadas a apostas e havia feito empréstimos consignados. Ele teria “entrado em colapso” após a mãe reclamar da situação financeira.

Ainda segundo a polícia, não houve violência sexual. A motivação do crime, segundo os investigadores, foi a discussão sobre as dívidas.

No dia 18 de julho, Matteos registrou um boletim de ocorrência alegando o desaparecimento da mãe. Na ocasião, disse que havia viajado para a Serra do Cipó na noite anterior e que a mãe ficou sozinha em casa.

Ele afirmou ter enviado mensagens para ela, mas não recebeu resposta. Uma tia foi acionada para verificar o apartamento, e um chaveiro foi chamado para abrir a porta, mas Soraya não foi encontrada.

Após audiência de custódia realizada no dia 27 de julho, a Justiça decretou a prisão preventiva de Matteos. A decisão foi assinada pela juíza Juliana Beretta Kirche. O processo segue em segredo de Justiça.

Desde que foi preso, Matteos já foi transferido duas vezes. Inicialmente, foi levado para o Ceresp Gameleira, depois foi encaminhado para o Presídio Inspetor José Martinho Drumond, em Ribeirão das Neves e, no dia 30 de julho, foi encaminhado para o presídio de Caeté, também na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

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