Foto: Reprodução/g1

O empresário Renê da Silva Nogueira Júnior, de 47 anos, confessou ter assassinado o gari Laudemir de Souza Fernandes, de 44 anos, no bairro Vista Alegre, região Oeste de Belo Horizonte. A confissão ocorreu durante um novo interrogatório na segunda-feira, dia 18, divulgado nesta terça-feira pela Polícia Civil.

Renê foi ouvido no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Até então, ele negava envolvimento no disparo que matou o trabalhador. Em seu depoimento, afirmou ter atirado após uma discussão de trânsito e declarou que sua esposa, delegada da Polícia Civil, não sabia que ele havia pego a arma particular dela, uma pistola calibre .380.

Na segunda-feira, os advogados que o representavam renunciaram à defesa. Agora, Renê tem prazo de até 10 dias para contratar um novo advogado. Caso não consiga, a Defensoria Pública de Minas Gerais poderá assumir o processo.

O crime aconteceu em 11 de agosto, quando o empresário disparou contra Laudemir, que estava em serviço na coleta de lixo. Segundo a polícia, Renê se irritou com o caminhão parado na rua, ameaçou a motorista e atirou contra o gari, que não resistiu aos ferimentos.

O empresário deve responder por homicídio duplamente qualificado, porte ilegal de arma de fogo e ameaça. Exames balísticos confirmaram que a pistola usada no crime é a mesma encontrada em sua residência, em Nova Lima, pertencente à esposa. A Corregedoria da Polícia Civil investiga se a delegada Ana Paula pode ter alguma responsabilidade administrativa.

O inquérito deve ser concluído ainda nesta semana e enviado ao Ministério Público. Renê está preso preventivamente em Caeté, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Ele já respondeu a processos por violência doméstica em São Paulo e no Rio de Janeiro e também foi acusado de falsificar informações sobre sua formação acadêmica, citando instituições como Harvard, USP e PUC-Rio.

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