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Uma rede de grupos de WhatsApp, com mais de mil participantes cada, estava sendo usada para expor mulheres e adolescentes de Nova Lima. Em um esquema que mistura pornografia não consentida, comércio ilegal e violência digital, imagens íntimas — muitas delas antigas — estão sendo compartilhadas sem autorização, com organização e lucro. Pelo menos uma mulher maior de idade já teve sua identidade exposta. Há também a presença de adolescentes nas imagens, o que agrava o caso e aponta para possível crime de pedofilia.

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A prática, conhecida como exposed, é uma forma de violência digital com consequências reais. Para além da invasão de privacidade, trata-se de uma violação direta da dignidade das vítimas. O uso do nome da cidade e o foco em moradoras locais revelam a dimensão comunitária do trauma: mulheres que circulam pelas ruas de Nova Lima vivem agora sob o risco constante de reconhecimento e julgamento público.

A presença de imagens de adolescentes é ainda mais grave. De acordo com o artigo 241-B do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), é crime armazenar, divulgar ou compartilhar qualquer conteúdo de natureza sexual envolvendo menores de 18 anos. A pena pode chegar a até 6 anos de prisão, além de multa. Os administradores dos grupos apagaram os vídeos e imagens recentemente, de acordo com as nossas apurações e cobravam para que pessoas entrassem nos grupos a fim de ter acesso ao conteúdo ilícito.

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A violência contra mulheres e adolescentes não pode mais ser normalizada, especialmente em tempos em que a tecnologia multiplica o alcance do abuso.

Disque 100 ou acesse www.safernet.org.br para registrar uma denúncia. O silêncio também machuca.

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