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Minas Gerais marca um novo capítulo na arte pública nacional com a criação da maior obra de arte pública do país, que será realizada em Nova Lima. A partir de 2 de julho, o bairro Vila São Luiz e adjacências se tornarão uma enorme tela a céu aberto. Mais de 100 casas farão parte de um macro mural de grande escala, que promete alcançar milhares de pessoas todos os dias.
Quem assina essa criação é o MAHKU, coletivo de artistas que já circulou por instituições como MASP, Pinacoteca, Fondation Cartier (Paris) e, recentemente, na 60ª Bienal de Veneza.
O coletivo é composto por artistas da Terra Indígena do Rio Jordão, no Acre. Sua produção se destaca por traduzir cantos visionários e mitos ancestrais de sua etnia por meio de imagens vibrantes, que carregam força estética, espiritual e política.
“Escolher o MAHKU para essa obra é um gesto potente de escuta e reconhecimento. É valorizar uma visão de mundo ancestral, para que esteja presente e visível na paisagem urbana, em grande escala”, afirma a curadora Pri Amoni, que lidera o projeto ao lado de Jana Macruz.
Além do valor simbólico, segundo a Prefeitura de Nova Lima, o projeto carrega um grande potencial de transformação local: envolve diretamente a comunidade, fomenta a economia de base e inaugura um novo ponto turístico no circuito brasileiro de arte pública. O mural poderá ser visto do Espaço Cultural Piero Garzon Henrique, recém-inaugurado, que servirá como mirante e espaço de encontros culturais.
A realização é do Instituto CURA, das mesmas idealizadoras do CURA – Circuito Urbano de Arte, festival com 10 edições entre BH e Manaus. Esta edição do Cura Macro foi viabilizada pela Plataforma Semente, do Ministério Público de Minas Gerais, em parceria com o Patrimônio Cultural de Nova Lima e da Prefeitura de Nova Lima.
A pintura acontece entre julho e setembro de 2025, com entrega prevista para outubro.