Nova Lima se tornou a primeira cidade da América Latina a assinar o Plant Based Treaty, um tratado internacional que propõe soluções alimentares para combater a crise climática, promover justiça ambiental e construir um futuro sustentável.
Inspirado no Acordo de Paris, o tratado reconhece que sistemas alimentares baseados na produção animal são uma das principais causas das emissões de gases de efeito estufa, desmatamento, perda de biodiversidade e injustiça social. O objetivo é incentivar a transição para sistemas alimentares mais sustentáveis, priorizando a alimentação vegetal, a proteção dos animais e o respeito aos limites do planeta.
O documento prevê ações como o incentivo à produção e consumo de alimentos de origem vegetal, com ações educativas, programas escolares e campanhas públicas focadas em uma alimentação mais saudável e sustentável. Também inclui apoio à agroecologia, à agricultura familiar e à valorização dos saberes tradicionais, com oferta de assistência técnica para fortalecer modos de vida mais resilientes.
Outra diretriz é integrar a segurança alimentar às estratégias contra a crise climática, adotando práticas inclusivas, regenerativas e adaptadas às realidades locais. O bem-estar animal também é reconhecido como princípio das políticas públicas, alinhando ética, saúde e justiça ambiental.
A adesão de Nova Lima ao Plant Based Treaty foi oficializada por meio de uma Moção de Apoio assinada pelo prefeito João Marcelo Dieguez (Cidadania). Ele ressaltou a responsabilidade do município diante do cenário climático e a importância do protagonismo brasileiro na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), que será realizada em Belém (PA), de 10 a 21 de novembro. “Estamos adotando uma posição inequívoca em defesa da vida, da saúde coletiva, do futuro do planeta e da dignidade de todas as espécies”, afirmou.
“A assinatura do Plant Based Treaty expressa nosso compromisso com um modelo de desenvolvimento que reconhece os limites do planeta e coloca a responsabilidade no centro das políticas públicas. Este é um momento estratégico, uma oportunidade histórica para o Brasil assumir protagonismo ambiental, e queremos que Nova Lima esteja na linha de frente dessa transformação”, completou.
*Com informações da Agência de Notícias de Direitos Animais (ANDA)
