Reprodução/Google Street View

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O médico Alfredo Carlos Dias Mattos Junior, condenado por matar a ex-mulher em Nova Lima, foi denunciado por abusar sexualmente uma adolescente de 17 anos em Goiânia. Segundo a denúncia oferecida ao Ministério Público de Goiás, o crime teria ocorrido dentro de um hospital da cidade, enquanto a jovem buscava atendimento para uma dor de estômago.

Na década de 1990, Magda Maria foi hospitalizada para tratar de dores abdominais. No entanto, Alfredo não aceitava o fato de ela estar se relacionando com outro homem e, então, foi até o leito dela. Lá, ele dopou a mãe da vítima com um suco e aplicou álcool no soro da ex-mulher. Ao reagir com os medicamentos que Magda tomava, a substância provocou a morte dela.

Ele foi condenado em 2011 e recebeu o direito de recorrer da decisão em liberdade. Após a decisão, ele se mudou para Goiânia. Em 2015, Alfredo Carlos foi preso em Rio Verde, no sudoeste de Goiás, enquanto realizava uma palestra.

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O atendimento à adolescente ocorreu em março de 2023, quando ela estava acompanhada da mãe. De acordo com a denúncia, Alfredo Carlos solicitou exames, como endoscopia e ultrassom endovaginal. Após a realização dos exames, os resultados foram levados ao médico, que diagnosticou a jovem com “útero invertido”. Durante a consulta, Alfredo pediu que a adolescente retirasse a blusa e se deitasse na maca, alegando que precisava corrigir a posição do útero.

“Em seguida, o denunciado colocou uma luva e introduziu os dedos na vagina da ofendida, manipulando o órgão genital por cerca de um minuto e meio, sob o pretexto de que estaria ‘colocando o útero no lugar’”, afirmou o texto.

De acordo com o Ministério Público, a mãe da adolescente pediu a Alfredo para interromper o procedimento, pois a jovem estava sentindo dor. O médico então parou e afirmou que havia reposicionado o útero. Posteriormente, a mãe e a adolescente consultaram um ginecologista, que esclareceu que o procedimento não é habitual e que não possuía respaldo técnico, segundo o órgão.

Alfredo Carlos já enfrentou denúncias de outras pacientes por práticas semelhantes, “o que demonstra a habitualidade e a gravidade de sua conduta”. As informações são do g1.

O Ministério Público solicitou a prisão do médico, mas o pedido foi negado pela Justiça, que alegou que os argumentos usados foram genéricos e que se basearam no depoimento da “suposta vítima e da mãe”.

O juiz Marlon Rodrigo Alberto dos Santos determinou que Alfredo Carlos está proibido de exercer a medicina e não pode deixar Goiânia por mais de oito dias sem autorização judicial. Além disso, ele deve permanecer em casa das 22h às 6h. A proibição do exercício da medicina fica a cargo Cremego, diz a decisão judicial.

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